For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Ecofeminismo.

Ecofeminismo

Ecofeminismo descreve movimentos e filosofias que ligam o feminismo com a ecologia que começaram a se difundir a partir dos anos 1970.[1] O ecofeminismo propõe um diálogo crítico ao modelo capitalista de desenvolvimento econômico e a busca por alternativas ao extrativismo, contrapondo a ação desvalorizadora que o patriarcado impõe sobre o meio ambiente e as mulheres, ao mesmo tempo em que critica o paradigma do progresso presente no socialismo real e as dicotomias internas dos partidos comunistas.[2] O termo é acreditado ter sido inventado pela escritora francesa Françoise d'Eaubonne em seu livro Le feminisme ou la Mort (1974).[3]

Vandana Shiva afirma que as mulheres têm uma conexão especial com o meio ambiente através de suas interações diárias e esta ligação tem sido ignorada. Ela diz que as mulheres em economias de subsistência que produzem "a riqueza em parceria com a natureza, tem sido especialistas em seu próprio direito sobre o conhecimento holístico e ecológico dos processos da natureza." No entanto, ela afirmar que "estes modos alternativos de saber, que são orientados para os benefícios sociais e necessidades de sustento não são reconhecidos pelo paradigma reducionista capitalista, porque ele não consegue perceber a interdependência da natureza, ou a conexão da vida das mulheres, o trabalho e conhecimento com a criação de riqueza."[4]

Final do século XX e início do século XXI

[editar | editar código-fonte]

O termo ecofeminismo foi cunhado na década de 1970. As mulheres participaram nos movimentos ambientais, especificamente na preservação e conservação, muito mais cedo do que isso. A partir do final do século XX, as mulheres trabalharam em esforços para proteger a vida selvagem, o alimento, o ar e a água. Susan A. Mann, uma eco-feminista e professora de teoria sociológica e feminista, considera os papéis que as mulheres desempenharam nestes ativistas como o motor de arranque para o ecofeminismo em séculos posteriores. Mann associa o início do ecofeminismo não com feministas, mas com mulheres de diferentes origens raciais e de classes que fizeram conexões entre as questões ambientais, de gênero, raça e classe. Este ideal é mantido através da noção de que em ativismos e círculos de teoria os grupos marginalizados devem ser incluídos na discussão. Em movimentos ambientais e mulheres anteriores, os problemas de diferentes raças e classes foram muitas vezes separados.[5]

Ecofeminismo no Brasil

[editar | editar código-fonte]

O nome ecofeminismo é um termo recente na história para uma conexão e uma sabedoria antiga. No Brasil, algumas pesquisadoras tem levantado debates sobre a temática de forma a demonstrar as especificidades partidas do Sul Global, memorando experiências de mulheres rurais, indígenas e de comunidades tradicionais. Ivone Gebara é teóloga mundialmente respeitada e com pensamento autoral sobre Ecofeminismo. Os estudos de Ivone se relacionam em alguns pontos com o da estadunidense Mary Daly, outra ecofeminista com base teológica. Daniela Rosendo é um dos nomes de defesa do feminismo animalista no Brasil, abordando o assunto de forma inovadora embasada especialmente em Karen Warren.[6] Neusa Schnorrenberger[7] escreve sobre a situação de mulheres do campo e direito com um pensamento de vanguarda, muito bem atrelado ao assunto de políticas públicas. Vanessa Lemgruber[8] sistematiza o pensamento ecofeminista enquanto mais uma possibilidade pluriversal em suas interfaces com diversos saberes,[9] partindo desde conceitos da Era do Antropoceno e da Hipótese de Gaia, permeia o movimento feminista como um todo e indica práticas e comunidades ecofeministas pelo mundo, bem como normas, leis e constituições de forma nunca antes tratada. Tânia Kuhnen,[10] por sua vez, escreve sobre ética e filosofia, defendendo o cuidado como parâmetro universalizável para a moral.

A ecologista social e feminista Janet Biehl criticou o ecofeminismo por se concentrar demais em uma conexão mística entre as mulheres e a natureza e não o suficiente sobre as condições reais das mulheres.[11] Rosemary Radford Ruether junta-se a Janet Biehl em criticar esse foco no misticismo sobre o trabalho que se concentra em ajudar as mulheres, mas argumenta que a espiritualidade e ativismo podem ser combinados de forma eficaz no ecofeminismo.[12]

Leituras adicionais

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Sherilyn Macgregor (2011). Beyond Mothering Earth: Ecological Citizenship and the Politics of Care. UBC Press. p. 286. ISBN 978-0-7748-4095-8.
  2. Aguinaga Barragán, Margarita; Lang, Miriam; Mokrani Chávez, Dunia; Santillana, Alejandra (2016). «Capítulo 5: Pensar a partir do feminismo Críticas e alternativas ao desenvolvimento». In: Dilger, Gerhard; Lang, Miriam; Pereira Filho, Jorge. Descolonizar o imaginário : debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento ; grupo permanente de trabalho sobre alternativas ao desenvolvimento (PDF) Primeira edição ed. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo/Autonomia Literária/Editora Elefante. p. 108. OCLC 1013175116 
  3. Carolyn Merchant (2012). Radical Ecology: The Search for a Livable World. Routledge. p. 184. ISBN 978-1-136-19014-8.
  4. Vandana Shiva (1988). Staying Alive: Women, Ecology and Development. Zed Books. ISBN 978-0-86232-823-8.
  5. Mann, Susan A (2011). Pioneers of U.S. Ecofeminism and Environmental Justice. "Feminist Formations". 23 (2): 1–25.
  6. https://core.ac.uk/download/pdf/30383992.pdf
  7. https://scholar.google.com/citations?user=fniNrg8AAAAJ&hl=pt-BR
  8. Vanessa Lemgruber (2020). GUIA ECOFEMINISTA - mulheres, direito, ecologia [1]. Ape'Ku Editora. ASIN B08C1FNZ55 [2] ISBN: 978-65-86657-15-9
  9. Lemgruber, Vanessa (2020). Guia Ecofeminista - mulheres, direito, ecologia. Rio de Janeiro: Ape'Ku. 276 páginas 
  10. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132604
  11. Janet Biehl (1991). Rethinking Ecofeminist Politics. South End Press. ISBN 978-0-89608-391-2.
  12. Eaton; Lorentzen (2004). Ecofeminism and Globalization: Exploring Culture, Context, and Religion. Rowman & Littlefield Publishers. ISBN 978-0-585-48276-7.
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Ecofeminismo
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?