For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Arte queer.

Arte queer

Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. Ajude a melhorar este artigo inserindo citações no corpo do artigo. (Julho de 2013)

A Queer Art ou Homo Art é um movimento artístico não oficializado, que ganhou força nos Estados Unidos e na Europa a partir da década de 1980. Suas criações abordam, de forma direta ou indireta, questões relacionadas à homossexualidade, com ligações à arte erótica, à arte conceitual e à arte contextual.

Como movimento artístico, a queer art despertou a atenção da crítica internacional principalmente na década de 1990, por ter se popularizado nas diversas formas de expressão artística: nas artes plásticas, na literatura, na música, no teatro, na dança, no cinema e na fotografia. Em nenhum outro momento da história da arte a homossexualidade foi tratada por tantos artistas ao mesmo tempo. Entretanto, como o movimento geralmente é enquadrado em outras tendências artísticas - pelos mais diversos motivos - acaba disperso.

Origem do termo

[editar | editar código-fonte]

Atualmente, queer (do inglês, estranho) é sinônimo de gay. No princípio, o termo denotava um caráter pejorativo, porque supervalorizava o estranhamento, mas acabou sendo assimilado e bem aceito em muitos países. O termo passou a ser considerado um adjetivo positivo, porque simboliza o respeito à diversidade sexual e a luta contra o preconceito e por direitos iguais.

Queer nas artes plásticas

[editar | editar código-fonte]

A partir da década de 1990, as manifestações livres da diversidade sexual - especialmente LGBT - marcaram presença nas principais mostras de artes plásticas que acontecem em todo o mundo. A libertação sexual defendida na década de 1970 e o surgimento da Aids na década de 1980 tiveram contribuição importante para isso. No Brasil, uma exposição pioneira intitulada Correspondências ocupou o Paço Imperial, no Rio de Janeiro, em 1995. No mesmo ano, o Museu de Arte de Berkeley organizou uma grande mostra de queer art. Na Holanda, em 1997, a mostra In-visibilities foi uma das mais visitadas e comentadas.

Reflexo de questões comportamentais do ser humano, a queer art se mostra como denúncia, muitas vezes abertamente engajada. Os artistas abordam questões contemporâneas, próprias de um momento histórico em que muitos países passam a reconhecer legalmente a união entre indivíduos do mesmo sexo, em que se revê a divulgação da Aids, (inicialmente tratada erroneamente como peste gay) e quando se atribui à homofobia a morte de milhares de homossexuais a cada ano.[carece de fontes?]

Principais características

[editar | editar código-fonte]

Nas artes plásticas, os trabalhos de queer art assumem no mínimo duas vertentes principais: os politicamente engajados (contextuais ou conceituais) e os homoeróticos.

Os trabalhos contextuais ou politicamente engajados geralmente abordam questões relacionadas à discriminação e à homofobia. Estes apectos aparecem nas obras contemporâneas com a utilização de sangue, excreções humanas, símbolos fálicos, objetos bizarros, instrumentos de tortura e outros sinais de dor.

Os trabalhos considerados homoeróticos apresentam cenas ou situações que podem despertar a sensação de erotismo em quem os vê. Quando não explícitos, podem ser detectados através de uma delicada e não menos sutil sensualidade. Isso pode ser observado nos materiais utilizados, como tecidos transparentes, rendas, decalques, parafinas, bordados, flores e imagens religiosas.

Imagens religiosas na queer art

[editar | editar código-fonte]

São comuns as apropriações de imagens de São Sebastião e de inúmeros outros personagens religiosos. Muitos críticos defendem que a utilização de imagens religiosas na queer art é conceitual, como protesto à maioria das religiões, que se nega a aceitar a homossexualidade. Entretanto, sabe-se que muitas vezes seu uso é simplesmente formal ou estético, já que muitas imagens religiosas, desde o renascimento, apresentam aspecto andrógino ou foram realizadas por artistas tidos como homossexuais, como Michelangelo, Leonardo da Vinci e Caravaggio.

São Sebastião

[editar | editar código-fonte]
São Sebastião, de Botticelli

Adotado como ícone pop-gay desde Oscar Wilde, São Sebastião é mundialmente associado às questões LGBT (GLBT ou GLS, no Brasil).

Isso ocorreu porque no século XIX muitos artistas homossexuais buscaram no santo uma identificação para sua condição marginal. Baseavam-se tanto nas representações andróginas do Renascimento, quando na história do santo: um mártir que assumiu uma identidade polêmica (a de cristão), mesmo que às custas de sacrifício, sofrimento e morte.

Wilde, condenado a dois anos de prisão, em 1895, "por práticas contrárias à natureza", converteu-se ao catolicismo e passou a adotar o pseudônimo de Sebastian.

No século XX, outros artistas fizeram uso da imagem ou da história de São Sebastião em associação à homossexualidade, entre eles Yukio Mishima, Jean Cocteau, Federico García Lorca e Thomas Mann. Em seu discurso de agradecimento ao Prêmio Nobel de Literatura, em 1929, Thomas Mann afirmou que, apesar de protestante, tinha um santo favorito: "o jovem no sacrifício que, atravessado por flechas, sorri em sua agonia".

Na década de 1980, o surgimento da Aids reforçou os laços entre o santo e a comunidade gay, já que ele, desde a época medieval, foi considerado um protetor contra doenças contagiosas e epidemias. Na década anterior, o cineasta inglês Derek Jarman fez um polêmico filme sobre o santo.

Antecedentes históricos do homoerotismo

[editar | editar código-fonte]

Apesar de novo como proposta, o homoerotismo não é recente na arte. Pode ser observado em inscrições e artefatos egípcios e greco-romanos ou em pinturas orientais milenares.

Centrando-se apenas no século XX, podem ser citados os desenhos tidos como "pornográficos" de Tom of Finland, na Europa, e de Carlos Zéfiro, no Brasil, ambos trazidos ao status de arte há pouco tempo. Zéfiro, pseudônimo de Alcides Caminha, foi autor dos famosos "catecismos", quadrinhos eróticos, – não necessariamente homoeróticos, mas com inúmeras passagens pelo tema – que circulam no Brasil desde a década de 1950.

A partir da década de 1960, impossível deixar de lembrar de Andy Warhol e Jasper Johns, ambos homossexuais. Mais recentemente, tornaram-se internacionalmente conhecidas as duplas (unidas não apenas pela arte) dos franceses Pierre & Gilles e dos ingleses Gilbert & George. Os franceses trabalham com a destruição de mitos sagrados em fotografias propositadamente ''kitsch''. Os ingleses utilizam os mais diversos suportes e linguagens, das performances à pintura e até o design. Na 47a Bienal de Veneza, causou surpresa a revelação da dupla russa Komar & Melamid, com influências das outras duas duplas conhecidas, trazendo inclusive a imagem de um São Sebastião.

Reconhecimento futuro

[editar | editar código-fonte]
Jovens chineses em ato homossexual. Dinastia Qing

Como em outros movimentos do século XX, as manifestações artísticas vêm quebrando conceitos pré-adquiridos, geralmente relacionados à situação econômica, política e social dominantes na época em que ocorrem. O expressionismo surgiu como questionamento e manifestação dolorosa às grandes guerras mundiais. A Pop Art registrou a ascensão pós-guerra do império capitalista, basicamente consumista. Alcançando o objetivo de seus idealizadores, causaram fúria ou menosprezo quando iniciaram.

Assim, independentemente das questões e polêmicas levantadas, a Queer Art deve ser devidamente registrada na história da arte.

Principais artistas

[editar | editar código-fonte]

Artes plásticas

[editar | editar código-fonte]

Referências

  • Narloch, Charles. Símbolos homoeróticos na definição da Queer Art. Jornal A Notícia. Joinville, 01/03/1998.
  • Néret, Gilles. Homo Art. Série Icons. Paris: Taschen, 2003.
  • São Sebastião: protetor contra as guerras e epidemias. Pesquisa: Marcelo Macca e Andréa Vilela de Almeida. Série Santos populares do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta do Brasil, 2003.


{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Arte queer
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?