For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Tágides.

Tágides

Invocação às Tágides, no Canto I,
estrofes 4 e 5, de Os Lusíadas:

4
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso rio alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipocrene.
5
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste avena ou frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no universo,
Se tão sublime preço cabe em verso.

As tágides são as ninfas do rio Tejo (em latim, Tagus) a quem Camões pede inspiração para compor a sua obra Os Lusíadas.[1][2] São uma adaptação das nereidas da mitologia greco-romana, as ninfas que vivem nos mares e nos rios. Na obra, estas eram as musas que inspiravam o autor para relatar os feitos grandiosos "nunca antes vistos", ou seja, os feitos dos "filhos dos lusitanos" (referindo-se assim aos feitos dos portugueses). Estas habitam no rio Tejo, que desagua em Lisboa, Portugal. A palavra foi criada por André de Resende, numa anotação ao seu poema Vicentius (1545).[3] O poema sobre a morte de D. Beatriz de Saboia, em que André de Resende teria usado pela primeira vez o vocábulo Tágides, perdeu-se ou desconhece-se o seu paradeiro.[1]

No seu poema épico Os Lusíadas, Camões roga-lhes que, como musas, o inspirem e que o ajudem a cantar (Dai-me uma fúria grande e sonorosa... de tuba canora) os feitos do povo português. Podemos observá-lo no Canto I, nas estrofes 4 e 5 (no quadro ao lado) apelidadas de Invocação.[4]

Referências

  1. a b Luís de Camões, Os Lusíadas, Leitura, Prefácio e Notas de Álvaro J. Costa Pimpão, Apresentação de Aníbal Pinto de Castro, 4.a ed. - Lisboa: Ministério dos Negócios Estrangeiros. Instituto Camões, 2000, LIX, 560 p., ISBN 972-566-187-7. Nota 4.1 pags. 31-32
  2. Baretti, Giuseppe (1753). A Dissertation Upon the Italian Poetry: In which are Interspersed Some Remarks. On Mr. Voltaire's Essay on the Epic Poets. By Giuseppe Baretti (em inglês). [S.l.]: R. Dodsley 
  3. Site www.alvarenga.net, Os Lusiadas, Canto I [em linha]
  4. Camões, Os Lusíadas, Canto 1, estrofe 4 [1]Arquivado em 27 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. [em linha]
Este artigo sobre mitologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Tágides
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?