For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Sumé.

Sumé

Sumé
Zumé . Pay Sumé . Pay Tumé
Introdutor da agricultura
Filhos Tamandaré
Arikonta

Sumé (também conhecido como Zumé, Pay Sumé ou Tumé, entre outros nomes) é a denominação de uma antiga entidade da mitologia dos povos tupis do Brasil cuja descrição variava de acordo com a região. Tal entidade teria estado entre os indígenas antes da chegada dos portugueses e teria transmitido uma série de conhecimentos, como a agricultura, o fogo e a organização social.[1]

Nas suas Cartas do Brasil, datadas de 1549, o padre Manuel da Nóbrega descreveu algumas lendas sobre uma entidade denominada Zomé.[2] Tal divindade teria aparecido de forma misteriosa e se tratava de um homem branco, de barba e cabelos longos, que andava ou flutuava no ar.[3]

Sumé começou por ensinar, ao povo da selva, a arte da agricultura e, depois, habilidades como a de transformar mandioca em farinha e alguns espinhos em anzol, além de regras morais.[3] Curava feridas e diversos males sem cobrar nada em troca. Tanta gentileza e poder despertou, sobre si, o ódio dos caciques, culminando com a recepção de Sumé a flechadas numa certa manhã, armas que misteriosamente retornaram e feriram de morte os arqueiros atiradores.[3] Causou espanto pela facilidade com que extraía as flechas de seu corpo sem escorrer sangue algum. Sumé ainda teria andado de costas para o mar até atingir as águas. A divindade teria desaparecido num voo sobre as ondas para nunca mais voltar.[3] Quando Sumé foi embora, teria deixado uma série de rastros gravados numa pedra em algum lugar do interior do Brasil, que, segundo as lendas, formava o caminho de Peabiru.

Sumé teria tido dois únicos filhos, Tamandaré e Ariconte (ou Arikonta[4]), que eram de diferente compleição e natureza e, por isso, um odiava mortalmente o outro.[5][6]

Sincretismo religioso

[editar | editar código-fonte]

Os colonos católicos acreditavam no mito de que Sumé era o apóstolo cristão São Tomé, que, segundo a lenda, teria viajado para a Índia. Entretanto, encontram-se características relativamente parecidas a São Tomé na divindade de Viracocha, entidade cultuada por povos incas exatamente onde termina a trilha de Peabiru.[7] Tal mito existe em parte da América do Sul (Brasil, Peru e Paraguai) e foi difundido principalmente por missionários.

Segundo o mito posteriormente contado por jesuítas, Sumé teria sido expulso pelos Tupinambás ao ter proibido a poligamia e o canibalismo.[3][8] A lenda conta que, quando ele foi para o Paraguai, e depois para o Peru, teria aberto um caminho chamado de Peabiru, que se traduz por "Caminho das Montanhas do Sol", embora haja controvérsia com a versão "Caminho ao Peru"). Tal caminho, que ia do litoral de São Paulo até Assunção, cruzando o atual estado do Paraná, teria servido posteriormente aos europeus em expedição organizada em 1769 pelo capitão-mor Afonso Botelho de Sampaio e Sousa.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigo: a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 448.
  2. Nóbrega, Manuel da (1886). Cartas do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. p. 72 
  3. a b c d e Câmara Cascudo, Luís da (2000). Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global. p. 647. ISBN 8526006444 
  4. Almeida Navarro, Eduardo de (2013). Dicionário tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. p. 62 
  5. POMPA, Cristina (2003). Religão como tradução: missionaários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. [S.l.]: EDUSC. 443 páginas. ISBN 9788574602134 
  6. Métraux, Alfred (1950). A Religião dos Tupinambás. Col: Brasiliana. trad. Estevão Pinto. São Paulo: Companhia Editora Nacional. pp. 44–45, 372–373 
  7. CRUZ ALVES, Marcos. Peabiru: uma aventura quinhentista. [S.l.]: Biblioteca 24 Horas. 220 páginas. ISBN 9788578934583 
  8. Salvador, Vicente de (1887). Historia do Brasil. Rio de Janeiro: Impr. nacional. p. 73 
Este artigo sobre mitologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Sumé
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?