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Rua Voluntários da Pátria (Porto Alegre)

A Rua Voluntários da Pátria é uma via pública do centro histórico da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Começa na Rua Marechal Floriano Peixoto, em frente à Praça Pereira Parobé (atual Terminal Pereira Parobé), e termina na Rua Ricardo Seibel de Freitas Lima, no bairro Farrapos.[1]

O nome Voluntários da Pátria foi uma homenagem aos voluntários que lutaram na Guerra do Paraguai, deflagrada em 1865 com a invasão de São Borja e Uruguaiana pelas forças de Francisco Solano López. Junto com os gaúchos do 39º Batalhão, uma flâmula imperial os acompanhou, e hoje é guardada como relíquia na Igreja da Matriz, juntamente com a bandeira nacional do Império.[2]

A abertura de uma nova via de acesso à Vila de Porto Alegre, fora do esquema viário primitivo, começou em 1806. Esse caminho marginal ao rio Guaíba recebeu o nome de Caminho Novo. Dom Diogo de Souza, primeiro capitão-general da capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, deu prosseguimento às obras, numa extensão de quase quatro quilômetros, até a Várzea do Gravataí, construindo um solar para residência dos governadores quase na extremidade do percurso, usado para este fim até 1824.[3]

Joaquim José de Azevedo logo instalou um estaleiro junto ao rio, nas imediações da atual Praça Rui Barbosa, que foi o prenúncio do destino comercial e industrial que estava reservado ao novo caminho.

O desenvolvimento urbano do Caminho Novo permaneceu estagnado durante vários anos, como o de toda Porto Alegre, devido à Revolução Farroupilha. Em razão do prolongado sítio imposto pelos rebeldes, entre 1836 e 1840, o valo que protegia a cidade, com baluartes artilhados, cortava o Caminho Novo na altura da atual Rua Pinto Bandeira, onde existia um portão, com ponte levadiça, que controlava o acesso à praça. Durante o cerco, os equipamentos públicos essenciais foram instalados dentro da área do entrincheiramento. Por essa razão, o matadouro de gado foi transferido para a então chamada Praça do Estaleiro (atual Praça Rui Barbosa - Centro Popular de Compras), onde aportavam as embarcações que traziam gado ou carne.

A Municipalidade de Porto Alegre travou uma luta histórica por conservar, como domínio público, para que toda a população pudesse usufruir, o lado da rua que dava fundos para o rio. Todavia, o município não resistiu à constante pressão dos particulares que pleiteavam para si o aforamento daqueles terrenos, considerados da Marinha e, por isso, confiados ao domínio direto do Governo Imperial. A Câmara conseguiu apenas garantir a doação, para logradouro público, da área situada entre as embocaduras das atuais ruas Vigário José Inácio e Barros Cassal, formalizada em 1861 pelo Conselheiro Joaquim Antão Fernandes Leão, presidente da província. Todo o restante da margem do rio, a contar da embocadura da Rua Barros Cassal, foi concedido pelo governo central, a partir de 1869, em aforamento perpétuo, aos proprietários de outra face da rua, na proporção de suas respectivas testadas.

Em 1870, o Caminho Novo recebeu o nome oficial de Rua dos Voluntários da Pátria. No mesmo ano, a Câmara providenciou o início do calçamento da primeira quadra, até a Rua do Rosário.

A rua sofreu expressiva alteração com a implantação da ferrovia para São Leopoldo, ao longo de toda sua extensão, cuja estação foi edificada em 1874, sob protestos dos moradores e da Câmara Municipal, na esquina da Rua da Conceição. A presença da ferrovia, e a utilização da margem do rio para o estabelecimento de trapiches, depósitos, estaleiros e oficinas, traçaram definitivamente o destino do Caminho Novo, transformando-o, de um passeio bucólico, numa rua suja, repleta de armazéns de atacado e indústrias. A prosperidade das empresas, contudo, refletia-se, na solidez e ornatos dos sobrados neoclássicos.

A partir de 1881, começaram os esforços para retirar os carreteiros que freqüentavam a Praça Rui Barbosa (chamada então de Praça das Carretas). Esse processo foi lento, pois os comerciantes da rua eram contrários à retirada dos carreteiros. Só em 1894, quando a intendência municipal fixou o Campo da Redenção como paradeiro oficial das carretas, estas deixaram definitivamente a Voluntários da Pátria. A rua continuou sendo, todavia, por muitos anos, o paraíso das carroças puxadas a cavalo ou burro. Tais carroças, até serem substituídas totalmente pelos caminhões, na década de 1940, povoavam toda a rua.

A construção do novo cais do porto, nas décadas de 1950 e 1960, que aterrou uma larga faixa de terrenos, isolou a Rua Voluntários da Pátria do Guaíba, acarretando uma degradação que acabou afastando dali as sedes de inúmeras empresas e de diversos clubes náuticos.

A Rua Voluntários da Pátria, nos dias atuais, caracteriza-se por ser uma via onde se localiza o comércio popular da cidade.

Segundo dados da prefeitura de Porto Alegre, para preparar a cidade para receber a Copa do Mundo de 2014, será executada a duplicação da Rua Voluntários da Pátria. Ela complementará as obras de extensão da Rua Dona Teodora e Rua Padre Leopoldo Bretano, e qualificará a ligação entre a BR-448 (Rodovia do Parque), a Arena do Grêmio, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, a área central e o Estádio Beira-Rio. O projeto prevê a duplicação da via em 3,5 quilômetros, entre a Avenida Sertório e a Rua da Conceição (Estação Rodoviária de Porto Alegre e a Ponte do Guaíba), contando com faixa exclusiva para transporte coletivo, ciclovia, passeios públicos e a construção do terminal de ônibus junto à Estação São Pedro.[4] O projeto preservará as fachadas de prédios históricos.[5]

Referências

Referências bibliográficas

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  • Franco, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS)/Prefeitura Municipal, 1992
  • Mattar, Leila Nesralla. Porto Alegre: Voluntários da Pátria e a experiência da rua plurifuncional (1900-1930). in:[1]
  • Martins, Liana Bach; Neves, Gervásio Rodrigo. A Original Planta Comercial de Porto Alegre in: [2]

Ligações externas

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