O Saara Ocidental (Sara Ocidental ou Sahara Ocidental) é um território na África Setentrional, limitado a norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, por onde faz fronteira marítima com a região autónoma espanhola das Canárias. A sua capital é El Aaiún. O Saara Ocidental está na lista das Nações Unidas de territórios não-autônomos desde a década de 1960. O controle do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário.

Em 27 de fevereiro de 1976, este movimento proclamou a República Árabe Saaráui Democrática (RASD, em árabe: الجمهورية العربية الصحراوية الديمقراطية; romaniz.: Al-Jumhūrīyyah Al-`Arabīyyah Aṣ-Ṣaḥrāwīyyah Ad-Dīmuqrāṭīyyah), um governo no exílio. A RASD é reconhecida internacionalmente por 50 estados e mantém embaixadas em 16 deles, sendo membro da União Africana desde 1984, carecendo no entanto de representação na ONU. O primeiro estado que reconheceu a RASD foi Madagáscar em 28 de Fevereiro de 1976.

Guerra do Saara Ocidental (em árabe: حرب الصحراء الغربية, em francês: Guerre du Sahara, em castelhano: Guerra del Sahara Occidental) foi uma luta armada entre o grupo rebelde saarauí Frente Polisário e as forças armadas do Marrocos e da Mauritânia pela descolonização e independência, sendo a fase mais significativa do conflito do Saara Ocidental. A guerra eclodiu após a retirada da Espanha do Saara Espanhol, em conformidade com os Acordos de Madrid (firmados sob a pressão da Marcha Verde), através do qual transferiu o controle administrativo do território para o Marrocos e a Mauritânia, mas não a soberania. No final de 1975, o governo marroquino organizou a Marcha Verde de cerca de 350.000 cidadãos marroquinos, escoltados por cerca de 20.000 soldados, que entraram no Saara Ocidental, tentando estabelecer uma presença marroquina. Apesar de a princípio encontrar apenas uma pequena resistência pela Frente Polisário, o Marrocos depois entraria em um longo período de guerra de guerrilha com os nacionalistas saarauís. Durante o final dos anos 1970, a Frente Polisário, desejando estabelecer um Estado independente no território, lutaria sucessivamente tanto com a Mauritânia tanto com o Marrocos. Em 1979, a Mauritânia retirou-se do conflito depois de assinar um tratado de paz com a Frente Polisário. A guerra continuaria em baixa intensidade em toda a década de 1980, embora o Marrocos fizesse várias tentativas para assumir vantagem em 1989-1991. Foi finalmente alcançado um acordo de cessar-fogo entre a Frente Polisário e o Marrocos em setembro de 1991.

• ... que centenas de sarauís continuam "desaparecidos" após anos de conflitos violentos e repressão?
• ... que enquanto o presidente da República Árabe Saaraui Democrática Mohamed Abdelaziz busca independência do Saara Ocidental, seu pai é um membro do Conselho Real Consultivo para os Assuntos Saarianos, e está defendendo a posição marroquina?

Aminatou Ali Ahmed Haidar (24 de julho de 1966), também conhecida como Aminetou, Aminatu ou Aminetu, é uma ativista dos direitos humanos sarauí e uma defensora da independência do Saara Ocidental. Ela é muitas vezes chamada de "Gandhi sarauí" ou "Pasionaria sarauí" por seus protestos não-violentos. Foi presa em 1987-1991 e em 2005-2006 por acusações relacionadas à sua defesa da independência. Em 2009, ela atraiu a atenção internacional quando encenou uma greve de fome no aeroporto de Lanzarote, após ter sido negada a reentrada no Saara Ocidental ocupado pelos marroquinos. Haidar ganhou vários prêmios internacionais de direitos humanos por seu trabalho, incluindo o Robert F. Kennedy Human Rights Award de 2008 e o Civil Courage Prize de 2009.

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