Palmira Bastos
Palmira Bastos ComC | |
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Palmira Bastos | |
Nome completo | Maria da Conceição Martins |
Outros nomes | Palmyra Bastos, Palmira Martins, Palmira Rey |
Nascimento | 30 de maio de 1875 Aldeia Gavinha, Alenquer |
Nacionalidade | portuguesa |
Morte | 10 de maio de 1967 (91 anos) Mercês, Lisboa |
Ocupação | atriz |
Atividade | 1890-1965 |
Cônjuge | António de Sousa Bastos (1894-1911) António de Almeida da Cruz (1917-?) |
Outros prémios | |
Prémio António Pinheiro de Encenação (1955, 1965) Prémio Lucinda Simões (1965) |
Palmira Bastos, nome artístico de Maria da Conceição Martins (Aldeia Gavinha, Alenquer, 30 de Maio de 1875 — Mercês, Lisboa, 10 de Maio de 1967), foi uma das mais conhecidas atrizes portuguesas.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Maria da Conceição Martins[1] nasceu a 30 de maio de 1875, em Aldeia Gavinha, concelho de Alenquer (distrito de Lisboa), onde foi batizada a 14 de junho de 1875.[2][3][4] Foi a terceira filha de um casal de atores espanhóis de uma companhia ambulante que estavam temporariamente em Portugal sendo ele, Pedro Echevarría Martínez, de Valladolid e a mãe, Maria das Dores, de Santiago de Compostela. Após o pai ter abandonado a mãe, esta foi para Lisboa empregando-se de dia numa modista e de noite no Teatro Trindade como corista, onde utilizou o nome artístico Palmira Rey.[1]
A estreia de Palmira Bastos como atriz deu-se em 18 de julho de 1890, com apenas 15 anos, sendo o início de uma longa carreira de 75 anos de dedicação ao teatro.[1]
Palmira Bastos casou com o nome de Maria da Conceição Palmira Martins em 1 de julho de 1894, na igreja de São José, em Lisboa, com o dramaturgo e empresário teatral António de Sousa Bastos, trinta anos mais velho e já viúvo. António de Sousa Bastos viria a morrer em Lisboa, a 2 de julho de 1911.[5][1] Desta união nasceram duas filhas: Alda e Amélia.[6] Casou segunda vez em Lisboa, em 20 de julho de 1917, com o ator-tenor António Maria Monteiro de Sousa de Almeida Cruz.[6][2]
Representou no Teatro Nacional D. Maria II,[1] na Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro[1] e na Companhia Palmira Bastos-Alexandre d'Azevedo.[7]
No cinema Palmira Bastos participou no filme mudo O Destino, do realizador francês George Pallu em 1922.[4][8]
Em 1966 regista-se a última peça com que Palmira Bastos apareceu nos ecrãs de televisão. Foi As Árvores Morrem de Pé, de Alejandro Casona, tendo ficado célebre a frase "Morta por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores" dita pela actriz de cerca de 90 anos no Teatro Avenida.[9]
Palmira Bastos morreu com o nome de Maria da Conceição Martins, a 10 de maio de 1967, no Hospital da Liga dos Amigos dos Hospitais, ao Príncipe Real (freguesia das Mercês), em Lisboa, com 91 anos, vítima de trombose cerebral e foi sepultada no Cemitério do Alto de São João.[4][10]
Homenagens e condecorações
[editar | editar código-fonte]- 1920 - Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (3 de Abril)[11]
- 1958 - Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (8 de Agosto)[11]
- 1963 - Prémio António Pinheiro, do SNI, pela encenação de Para Cada Um a Sua Verdade de Luigi Pirandello.[4][12][13]
- 1965 - Comendadora da Ordem Militar de Cristo (16 de Junho)[4][11][13][14]
- 1965 - Prémio Lucinda Simões, do SNI, pela actuação na peça O Ciclone de Sommerset Maughan[4][12]
- Medalha de Prata da Cidade de Lisboa[14]
- Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa[13]
- Ordem do Cruzeiro do Sul[14][15]
- Ordem de Cidadã Carioca[14]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e f «Biografias : Palmira Martins de Sousa Bastos». NetSaber. Consultado em 22 de outubro de 2010. Arquivado do original em 10 de agosto de 2014
- ↑ a b «Livro de registo de batismos da paróquia de Aldeia Gavinha - Alenquer (1849-1878)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 145v, assento 11
- ↑ Reis, Luciano (janeiro de 2005). Divas do Teatro português. Lisboa: Sete Caminhos. p. 15. ISBN 989-602-033-7
- ↑ a b c d e f Centro Virtual Camões (2003–2016). «Palmira Bastos». Refere, erradamente salvo melhor opinião, "1955" para atribuição do "Prémio António Pinheiro" pela encenação de "Para cada um a sua verdade". Instituto Camões. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ «Livro de registo de casamentos da paróquia de São José, Lisboa (1894)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 14, assento 21
- ↑ a b «Ficha de Pessoa : "Palmira Bastos"». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 22 de Janeiro de 2014. Consultado em 10 de maio de 2017
- ↑ Teatro Diogo Bernardes (PDF). Ponte de Lima: Arquivo de Ponte de Lima e Câmara Municipal de Ponte de Lima. 4 de março de 1999. p. 12 (pdf p.14). Arquivado do original (PDF) em 26 de março de 2016
- ↑ «Pessoa : Palmira Bastos». Não são referidos os realizadores. CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior)
- ↑ «Programas TV : As Árvores Morrem de Pé». RTP. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ «Livro de registo de óbitos da 6.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (02-05-1967 a 11-09-1967)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 163, assento 325
- ↑ a b c «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Palmira Bastos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ a b Moura, Nuno Costa (2007). «Apêndice 7 : Prémios Artísticos (entre 1959 e 1973)». "Indispensável dirigismo equilibrado" : O Fundo de Teatro entre 1950 e 1974 : (Volume II) (PDF) (Tese de Mestrado). Troca as definições do "Prémio António Pinheiro" com o "Prémio Eduardo Brazão". Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ a b c Porto Editora (2003–2016). «Artigos de apoio : Palmira Bastos». Refere, erradamente salvo melhor opinião, "1962" para atribuição do "Prémio António Pinheiro". Porto: Infopédia. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ a b c d «Espólio de Palmira Bastos entra hoje em julgamento em Famalicão». Público. 17 de dezembro de 2002. Consultado em 26 de março de 2016
- ↑ A condecoração não está registada, a esta data (2016), na Presidência da República Portuguesa.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Palmira Bastos». no Centro Virtual Camões (inclui foto) do Instituto Camões
- «Artigos de apoio : Palmira Bastos». na Infopédia
- «Pessoa : Palmira Bastos». no CinePT (Universidade da Beira Interior)
- «Ficha de Pessoa : Palmira Bastos». no Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
- Palmira Bastos. no IMDb.
- «Programas TV : As Árvores Morrem de Pé». no sítio da RTP
- «"O Coração Manda" no Teatro Nacional». Artigo de A. de C. (inclui foto) publicado na Ilustração Portugueza, n.º. 466, Janeiro 25 1915, p. 0128, no sítio da Hemeroteca Municipal de Lisboa
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