Movimento vegetal rápido
Movimento vegetal rápido designa os movimentos das estruturas vegetais que se produzem em escalas de tempo muito curtas, normalmente de segundos, geralmente em resposta a estímulos ambientais, embora nalguns casos (autonastias) possam resultar de processos fisiológicos da própria planta. Estes movimentos são geralmente subdivididos em tropismos (movimento orientados segundo um gradiente espacial determinado pelo estímulo) e nastismo (sem orientação espacial definida pelo estímulo).
Descrição
[editar | editar código-fonte]Entre as espécies que apresentam movimentos rápidos conta-se Dionaea muscipula, que fecha a sua armadilha em cerca de 100 milissegundos.[1] As flores de Cornus canadensis abrem as suas pétalas e lançam o pólen em menos de 0,5 milissegundos. O movimento mais rápido que se conhecer ocorre na amoreira-branca (Morus alba), que move as pétalas em cerca de 25 μs, com uma velocidade que excede a metade da velocidade do som, próximo do limite físico teórico em movimentos de plantas.[2]
Estes movimentos rápidos diferem dos tropismos mais comuns, mas muito mais lentos, conhecidos por "movimentos de crescimento dos vegetais".
A última obra de Charles Darwin publicada antes da sua morte intitula-se The Power of Movement in Plants (O poder do movimento nas plantas), publicado em 1882.[3]
- Plantas que capturam e consomem presas
- Dionaea muscipula
- Aldrovanda vesiculosa
- Utricularia
- Certas variedades de Drosera
- Plantas que movem as folhas por outras razões
- Mimosa pudica
- Mimosa nuttallii
- Chamaecrista fasciculata
- Chamaecrista nictitans
- Desmodium motorium
- Schrankia roemeriana
- Neptunia lutea
- Plantas que dispersam pólen ou sementes com movimentos rápidos
- Ecballium agreste
- Impatiens (Impatiens x)
- Hura crepitans
- Todas as espécies de Stylidium
- Cornus canadensis
- Morus alba[2]
- Orchidaceae (todas as espécies de Catasetum)
- Arceuthobium
- Hamamelis
- Alguns membros de Fabaceae apresentam vagens que se retorcem à medida que secam exercendo tensão sobre a bainha, o que produz a sua rotura repentina e violenta, projectando as sementes a metros de distância da planta mãe.[4][5]
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