For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Medicina evolutiva.

Medicina evolutiva

Medicina evolutiva ou medicina Darwiniana é um campo de aplicação da teoria da evolução que busca entender a saúde e a doença na modernidade. As pesquisas e práticas médicas habitualmente concentram-se nos mecanismos moleculares e fisiológicos subjacentes às doenças e mais recentemente em evidências clínicas obtidas em estudos clínicos, enquanto a medicina evolutiva busca compreender a moldagem desses mecanismos e a intrínseca vulnerabilidade a doenças que os seres humanos possuem. A abordagem evolutiva da medicina tem impulsionado avanços importantes na compreensão do câncer,[1] de doenças autoimunes[2] e da anatomia geral do corpo humano.[3] A integração da medicina evolutiva nas universidades tem sido um lento processo, devido às limitações curriculares que as instituições apresentam.[4]

Charles Darwin

Charles Darwin não envolveu a medicina em seu trabalho evolutivo. No entanto, inúmeros biólogos apreciam a teoria dos germes e suas implicações para a compreensão dos agentes patogênicos, bem como a necessidade de um organismo de defender-se contra eles. A medicina, por sua vez, ignorou a evolução e, em vez disso, concentrou-se em causas mecânicas.

O biólogo evolucionista foi primeiro cientista a aplicar a teoria evolutiva no contexto da saúde, em função da senescência,[6] isto é, o processo natural de envelhecimento ligada às células e aos processos envolvidos. Na década de 1950, o psicólogo John Bowlby abordou o desenvolvimento infantil desordenado a partir de uma perspectiva evolucionista. O etologista Nikolaas Tinbergen foi responsável pelo desenvolvimento teórico em relação à etologia dos mecanismos evolutivos e suas relações com outros fatores. Os livros "Evolutionary Biology and the Treatment of Signs and Symptoms of Infectious Disease" (1980), de Paul Ewald, e "The Dawn of Darwinian Medicine" (1991), de William Nesse, contribuíram para a relação médica-evolucionista moderna.[7][7][7][8][9]

O etologista Randolph M. Nesse foi responsável pelo desenvolvimento teórico em relação à etologia dos mecanismos evolutivos e suas relações com outros fatores. O biólogo evolucionista resumiu a importância da evolução para a medicina:

Adaptações humanas

[editar | editar código-fonte]

AS adaptações só podem ocorrer se forem evolutivas. Adaptações que limitam a saúde não são, portanto, possíveis de ocorrência.

  • O DNA não pode ser totalmente impedido de sofrer mudança ou replicação. Como exemplo, o câncer, que ocorre por mutações somáticas, não foi completamente eliminado da seleção natural
  • Os seres humanos não podem biossintetizar a vitamina C. Portanto, correm o risco de adquirir escorbuto, doença causada pela ingestão dietética insuficiente da vitamina C
  • Os neurônios que trabalham com o sistema óptico, evoluíram para dentro de células com camadas pigmentadas. Criou-se, portanto, uma restrição na evolução do sistema óptico, de modo que o nervo óptico é obrigado a sair da retina pelo disco óptico. Por sua vez, cria-se um ponto cego dentro da região ocular. Portanto, o risco de glaucoma, doença que aumenta a pressão do olho, está vulnerável a um possível aumento. Em seguida, a danificação do nervo óptico causa danos à visão[11]

Trocas e conflitos de substâncias

[editar | editar código-fonte]
A bactéria Mycobacterium tuberculosis pode evoluir para subverter a ação do sistema imunológico

Competição genética

[editar | editar código-fonte]

Acometimentos evolutivos

[editar | editar código-fonte]

Durante a evolução humana, os seres evoluíram para viver como caçadores e coletores em tribos.[18][19] Os tempos passaram e esta mudança de comportamento ligado à modernidade, trouxe suscetibilidade aos humanos, dando origem a uma série de doenças caracterizadas como "doenças da civilização". O homem evoluiu para desfrutar dos recursos disponíveis no meio-ambiente.

Mudanças na dieta

[editar | editar código-fonte]

Em contraste com a dieta dos homens primordiais, a dieta ocidental moderna contém grandes quantidades de gordura, sal, carboidratos, açúcares refinados e farinhas. Consequentemente, causam sérios problemas de saúde, tais como:[21][22][23]

Expectativa de vida

[editar | editar código-fonte]
Expectativa de vida com base nos anos de 2003 a 2007

O envelhecimento atual está associado ao surgimento de aterosclerose, doenças cardiovasculares, câncer, artrite, catarata, osteoporose, diabetes tipo 2, hipertensão e doença de Alzheimer. A incidência das doenças, como supracitado, aumenta de acordo com o envelhecimento das pessoas e, com a idade, aumenta-se o risco de câncer.[24] Cerca de 150.000 pessoas morrem diariamente, em todo o mundo, vítimas de doenças relacionadas à idade. Nos países industrializados, a ocorrência de doenças referentes à idade sobe em cerca de 90%.[24]

Prática de exercícios físicos

[editar | editar código-fonte]

O homem contemporâneo pratica menos exercícios físicos do que os seus ancestrais. A prática de exercício físico atualmente está relacionada após o surgimento de doenças. Essa situação leva ao corpo a ter mudanças no seu metabolismo, ocasionando estresse, inflamações e doenças crônicas.[25][26][27][28][29][30]

O homem contemporâneo, devido a tratamentos médicos e saneamento básico melhorados, estão amplamente livres de parasitas e de doenças ligadas ao intestino. Embora a higiene seja importante para a vivência humana, problemas relacionados ao sistema imunológico começam a aparecer, mesmo que haja uma busca para manter a saúde com qualidade. Crê-se que, a ausência de exposição a microorganismos que evoluíram no sistema imunológico, trouxeram problemas ao ser humano.

A exposição está ligada ao papel crucial que os organismos apresentam na proteção contra doenças modernas, como inflamações generalizadas e o Alzheimer.[32]

Evolução dos estágios vitais

[editar | editar código-fonte]

Psicologia evolutiva

[editar | editar código-fonte]

As hipóteses de adaptação humana quanto à etiologia de transtornos psicológicos são, na maioria das vezes, baseadas em analogias com perspectivas evolutivas sobre disfunções de cunho médico e fisiológico.[69][70]

Causas possíveis de anormalidades psicológicas em função da evolução humana

Baseado em Buss (2011),[71] Gaulin & McBurney (2004),[72] Workman e Reader (2004)[73]

Causa possível Disfunção fisiológica Disfunção psicológica
Adaptação de defesa
  • Febre
  • vômito
Depressão ou ansiedade
(respostas funcionais ao estresse)
Adaptação de subproduto Gás intestinal
(subproduto da digestão de fibras)
Fetiches sexuais
(possível subproduto de adaptações da libido, imprimindo o desejo sexual em objetos e situações incomuns)
Adaptações de múltiplos efeitos
  • Gene homozigótico de resistência à malária
  • anemia falciforme
Aumento da criatividade, surgimento do transtorno bipolar e predisposição para esquizofrenia
(adaptações com efeitos positivos e negativos em função do desenvolvimento humano)
Adaptação de deformação Alergias
(respostas ao sistema imunológico)
Autismo
(mal funcionamento da teoria da mente)
Adaptação morfológica de frequência
  • Sexo masculino e feminino
  • diferença de tipologia sanguínea
Traços e desordem de personalidade
(possível desenvolvimento de estratégias comportamentais em sociedade)
Adaptação de incompatibilidade ambiental Surgimento de diabetes tipo 2 Interação frequente com estranhos, predispondo maior incidência de depressão e de ansiedade
Adaptação de curvatura Diferenças de altura Personalidade introvertida ou extrovertida

É possível, portanto, associar outros surgimentos de doenças e acometimentos por saúde humana com um fator psicológico.

  • Williams, George; Nesse, Randolph M. (1996). Why We Get Sick: the new science of Darwinian medicine. New York: Vintage Books. ISBN 0-679-74674-9 
  • Stearns SC, Koella JK (2008). Evolution in health and disease 2nd ed. Oxford [Oxfordshire]: Oxford University Press. ISBN 0-19-920745-3 
  • McKenna, James J.; Trevathan, Wenda; Smith, Euclid O. (2008). Evolutionary medicine and health: new perspectives 2nd ed. Oxford [Oxfordshire]: Oxford University Press. ISBN 0-19-530706-2 
  • O'Higgins, Paul; Sarah Elton (2008). Medicine and Evolution: Current Applications, Future Prospects (Society for the Study of Human Biology Symposium Series (Sshb). Boca Raton: CRC. ISBN 1-4200-5134-2 
  • Ewald, P. W. (1996). Evolution of Infectious Disease. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-511139-7 
  • Moalem, S.; Prince, J. (2007). Survival of the Sickest]]. New York: HarperLuxe. ISBN 978-0-06-088965-4 

Artigos on-line

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Merlo, LMF; et al. (2006). «Cancer as an evolutionary and ecological process». Nature Reviews Cancer. 6 (12): 924–35. PMID 17109012. doi:10.1038/nrc2013 
  2. Elliott, DE; JV Weinstock (2012). «Helminth-host immunological interactions: prevention and control of immune-mediated diseases». Annals of the New York Academy of Sciences. 1247: 83–96. PMID 22239614. doi:10.1111/j.1749-6632.2011.06292.x 
  3. Shubin, Neil (2008). Your inner fish : a journey into the 3.5-billion-year history of the human body 1st ed. New York: Pantheon Books. ISBN 9780375424472 
  4. Nesse, RM; et al. (2009). «Making evolutionary biology a basic science for medicine». PNAS. peleProceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 107. Suppl 1 (suppl_1): 1800–7. PMC 2868284Acessível livremente. PMID 19918069. doi:10.1073/pnas.0906224106 
  5. Weiner H (1 de julho de 1998). «Notes on an evolutionary medicine». Psychosom Med. 60 (4): 510–20. PMID 9710299 
  6. a b Williams GC (1957). «Pleiotropy, Natural Selection, and the Evolution of Senescence» (PDF). Society for the Study of Evolution. Evolution. 11 (4): 398–411. JSTOR 2406060. doi:10.2307/2406060. Consultado em 23 de outubro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 19 de setembro de 2006  abstract
  7. a b c Tinbergen N (1963). «On Aims and Methods in Ethology» (PDF). Zeitschrift für Tierpsychologie. 20 (4): 410–433. doi:10.1111/j.1439-0310.1963.tb01161.x [ligação inativa]
  8. Williams GC, Nesse RM (março de 1991). «The dawn of Darwinian medicine». Q Rev Biol. 66 (1): 1–22. PMID 2052670. doi:10.1086/417048 
  9. a b Williams, George; Nesse, Randolph M. (1996). Why We Get Sick: the new science of Darwinian medicine. New York: Vintage Books. ISBN 0-679-74674-9 
  10. Nesse RM (dezembro de 2008). «Evolution: medicine's most basic science». Lancet. 372 (Suppl 1): S21–7. doi:10.1016/S0140-6736(08)61877-2 
  11. a b Stearns SC (2005). «Issues in evolutionary medicine». Am. J. Hum. Biol. 17 (2): 131–40. PMID 15736177. doi:10.1002/ajhb.20105 
  12. Sagan, Dorion; Skoyles, John R. (2002). Up from dragons: the evolution of human intelligence. New York: McGraw-Hill. pp. 240–1. ISBN 0-07-137825-1 
  13. Aiello LC, Wheeler P (1995). «The Expensive-Tissue Hypothesis: The Brain and the Digestive System in Human and Primate Evolution». Current Anthropology. 36 (2): 199–221. doi:10.1086/204350 
  14. Lieberman P (2007). «The Evolution of Human Speech: Its Anatomical and Neural Bases» (PDF). Current Anthropology. 48 (1): 39–66. doi:10.1086/509092 
  15. Howard RS, Lively CM (novembro de 2004). «Good vs complementary genes for parasite resistance and the evolution of mate choice». BMC Evol Biol. 4 (1): 48. PMC 543473Acessível livremente. PMID 15555062. doi:10.1186/1471-2148-4-48 
  16. Haig D (dezembro de 1993). «Genetic conflicts in human pregnancy». Q Rev Biol. 68 (4): 495–532. PMID 8115596. doi:10.1086/418300 
  17. Schuiling GA (setembro de 2000). «Pre-eclampsia: a parent-offspring conflict». J Psychosom Obstet Gynaecol. 21 (3): 179–82. PMID 11076340. doi:10.3109/01674820009075626 
  18. Eaton, S. Boyd; Konner, M; Shostak, M (abril de 1988). «Stone agers in the fast lane: chronic degenerative diseases in evolutionary perspective». American Journal of Medicine. 84 (4): 739–749. PMID 3135745. doi:10.1016/0002-9343(88)90113-1. Consultado em 18 de junho de 2010 
  19. William, Knowler; Peter Bennett; Richard Hamman; Max Miller (1978). «Diabetes incidence and prevalence in Pima Indians: a 19-fold greater incidence than in Rochester, Minnesota». American Journal of Epidemiology. 108 (6): 497–505. PMID 736028. Consultado em 18 de junho de 2010 
  20. Williams, G. C. (1991). The dawn of darwinian medicine.Europe PubMed Central, 66(1), 1-22. doi:10.1086/417048
  21. Eaton SB, Strassman BI, Nesse RM, Neel JV, Ewald PW, Williams GC, Weder AB, Eaton SB 3rd, Lindeberg S, Konner MJ, Mysterud I, Cordain L (2002). «Evolutionary health promotion» (PDF). Prev Med. 34 (2): 109–18. PMID 11817903. doi:10.1006/pmed.2001.0876. Consultado em 23 de outubro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 17 de dezembro de 2008 
  22. Eaton SB (2006). «The ancestral human diet: what was it and should it be a paradigm for contemporary nutrition?». Proc Nutr Soc. 65 (1): 1–6. PMID 16441938. doi:10.1079/PNS2005471 
  23. Milton K (2003). «Micronutrient intakes of non-human primates: are humans different?» (PDF). Comparative Biochemistry and Physiology A. 136 (1): 47–59. PMID 14527629. doi:10.1016/S1095-6433(03)00084-9 
  24. a b Aubrey D.N.J, de Grey (2007). «Life Span Extension Research and Public Debate: Societal Considerations» (PDF). Studies in Ethics, Law, and Technology. 1 (1, Article 5). doi:10.2202/1941-6008.1011. Consultado em 7 de agosto de 2011. Arquivado do original (PDF) em 13 de outubro de 2016 
  25. Abuissa H; O’Keefe JH; Cordain, L (2005). «Realigning our 21st century diet and lifestyle with our hunter-gatherer genetic identity» (PDF). Directions Psych. 25: SR1–SR10. Consultado em 23 de outubro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 17 de dezembro de 2008 
  26. Eaton, S. Boyd; Cordain, Loren; Sebastian, Anthony (2007). «The Ancestral Biomedical Environment» (PDF). In: Aird, William C. Endothelial Biomedicine. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 129–34. ISBN 0-521-85376-1 
  27. Eaton SB, Eaton SB (setembro de 2003). «An evolutionary perspective on human physical activity: implications for health». Comp Biochem Physiol a Mol Integr Physiol. 136 (1): 153–9. PMID 14527637. doi:10.1016/S1095-6433(03)00208-3 
  28. Cordain, L., Gotshall, R.W. and Eaton, S.B. (julho de 1998). «Physical activity, energy expenditure and fitness: an evolutionary perspective» (PDF). Int J Sports Med. 19 (5): 328–35. PMID 9721056. doi:10.1055/s-2007-971926. Consultado em 23 de outubro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 17 de dezembro de 2008 
  29. Cordain, L.; Gotshall, R.W.; Eaton, S.B. (1997). «Evolutionary aspects of exercise» (PDF). World Rev Nutr Diet. World Review of Nutrition and Dietetics (Vol. 81 + 82). 81: 49–60. ISBN 3-8055-6452-X. PMID 9287503. doi:10.1159/000059601. Consultado em 5 de maio de 2019. Arquivado do original (PDF) em 17 de dezembro de 2008 
  30. Charansonney, O. L.; Després, J. P. (2010). «Disease prevention—should we target obesity or sedentary lifestyle?». Nature Reviews Cardiology. 7 (8): 468–472. PMID 20498671. doi:10.1038/nrcardio.2010.68 
  31. http://www.microbemagazine.org/index.php Arquivado em 17 de outubro de 2013, no Wayback Machine.? option=com_content&view=article&id=4700:a-darwinian-view-of-the-hygiene-or-old-friends- hypothesis&catid=950&Itemid=1301
  32. Fox, Molly; Leslie A. Knapp; Paul W. Andrews; Corey L. Fincher (11 de agosto de 2013). «Hygiene and the world distribution of Alzheimer's disease». Evolution, Medicine, and Public Health. 2013 (1): 173–186. doi:10.1093/emph/eot015 
  33. Kuzawa CW (1998). «Adipose tissue in human infancy and childhood: an evolutionary perspective». Am. J. Phys. Anthropol. Suppl. 27: 177–209. PMID 9881526. doi:10.1002/(SICI)1096-8644(1998)107:27+<177::AID-AJPA7>3.0.CO;2-B 
  34. a b Straub RH, Besedovsky HO (dezembro de 2003). «Integrated evolutionary, immunological, and neuroendocrine framework for the pathogenesis of chronic disabling inflammatory diseases». FASEB J. 17 (15): 2176–83. PMID 14656978. doi:10.1096/fj.03-0433hyp 
  35. a b Straub, R. H., del Rey, A., Besedovsky, H. O. (2007) "Emerging concepts for the pathogenesis of chronic disabling inflammatory diseases: neuroendocrine-immune interactions and evolutionary biology" In: Ader, R. (2007) "Psychoneuroimmunology", Volume 1, Academic Press, San Diego, pp.217-232
  36. a b Straub RH, Besedovsky HO, Del Rey A (2007). «[Why are there analogous disease mechanisms in chronic inflammatory diseases?]». Wien. Klin. Wochenschr. (em German). 119 (15–16): 444–54. PMID 17721763. doi:10.1007/s00508-007-0834-z 
  37. Wick G, Berger P, Jansen-Dürr P, Grubeck-Loebenstein B (2003). «A Darwinian-evolutionary concept of age-related diseases». Exp. Gerontol. 38 (1–2): 13–25. PMID 12543257. doi:10.1016/S0531-5565(02)00161-4 
  38. Bogin, B. (1997) "Evolutionary hypotheses for human childhood". Yearbook of Physical Anthropology. 104: 63-89 abstract[ligação inativa]
  39. Gluckman PD, Hanson MA (2006). «Evolution, development and timing of puberty». Trends Endocrinol. Metab. 17 (1): 7–12. PMID 16311040. doi:10.1016/j.tem.2005.11.006 
  40. Kuhle BX (agosto de 2007). «An evolutionary perspective on the origin and ontogeny of menopause». Maturitas. 57 (4): 329–37. PMID 17544235. doi:10.1016/j.maturitas.2007.04.004 
  41. Profet M (setembro de 1993). «Menstruation as a defense against pathogens transported by sperm». Q Rev Biol. 68 (3): 335–86. PMID 8210311. doi:10.1086/418170 
  42. Strassmann BI (junho de 1996). «The evolution of endometrial cycles and menstruation». Q Rev Biol. 71 (2): 181–220. PMID 8693059. doi:10.1086/419369 
  43. Finn CA (1998). «Menstruation: A nonadaptive consequence of uterine evolution». The Quarterly Review of Biology. 73 (2): 163–173. PMID 9618925. doi:10.1086/420183 
  44. Flaxman SM, Sherman PW (junho de 2000). «Morning sickness: a mechanism for protecting mother and embryo». Q Rev Biol. 75 (2): 113–48. PMID 10858967. doi:10.1086/393377 
  45. Flaxman SM, Sherman PW (julho de 2008). «Morning sickness: adaptive cause or nonadaptive consequence of embryo viability?». Am. Nat. 172 (1): 54–62. PMID 18500939. doi:10.1086/588081 
  46. Wick G, Perschinka H, Millonig G (dezembro de 2001). «Atherosclerosis as an autoimmune disease: an update». Trends Immunol. 22 (12): 665–9. PMID 11738996. doi:10.1016/S1471-4906(01)02089-0 
  47. Rotter JI, Diamond JM (1987). «What maintains the frequencies of human genetic diseases?». Nature. 329 (6137): 289–90. PMID 3114647. doi:10.1038/329289a0 
  48. Kaifu, Y.; Kasai, K.; Townsend, G. C.; Richards, L. C. (2003). «Tooth wear and the ?design? Of the human dentition: A perspective from evolutionary medicine». American Journal of Physical Anthropology. 122: 47–61. PMID 14666533. doi:10.1002/ajpa.10329 
  49. NEEL JV (dezembro de 1962). «Diabetes Mellitus: A "Thrifty" Genotype Rendered Detrimental by "Progress"?». American Journal of Human Genetics. 14 (4): 353–62. PMC 1932342Acessível livremente. PMID 13937884 
  50. Neel JV, Weder AB, Julius S (1998). «Type II diabetes, essential hypertension, and obesity as "syndromes of impaired genetic homeostasis": the "thrifty genotype" hypothesis enters the 21st century». Perspect. Biol. Med. 42 (1): 44–74. PMID 9894356. doi:10.1353/pbm.1998.0060 
  51. Williams, George; Nesse, Randolph M. (1996). «Evolution and healing». Why We Get Sick: the new science of Darwinian medicine. New York: Vintage Books. pp. 37–8. ISBN 0-679-74674-9 
  52. Wick G, Jansen-Dürr P, Berger P, Blasko I, Grubeck-Loebenstein B (fevereiro de 2000). «Diseases of aging». Vaccine. 18 (16): 1567–83. PMID 10689131. doi:10.1016/S0264-410X(99)00489-2 
  53. Kluger MJ, Ringler DH, Anver MR (abril de 1975). «Fever and survival». Science. 188 (4184): 166–8. PMID 1114347. doi:10.1126/science.1114347 
  54. Kluger MJ, Rothenburg BA (janeiro de 1979). «Fever and reduced iron: their interaction as a host defense response to bacterial infection». Science. 203 (4378): 374–6. PMID 760197. doi:10.1126/science.760197 
  55. Ames BN, Cathcart R, Schwiers E, Hochstein P (novembro de 1981). «Uric acid provides an antioxidant defense in humans against oxidant- and radical-caused aging and cancer: a hypothesis». Proc. Natl. Acad. Sci. USA. 78 (11): 6858–62. PMC 349151Acessível livremente. PMID 6947260. doi:10.1073/pnas.78.11.6858 
  56. Naugler C (2008). «Hemochromatosis: a Neolithic adaptation to cereal grain diets». Med. Hypotheses. 70 (3): 691–2. PMID 17689879. doi:10.1016/j.mehy.2007.06.020 
  57. Moalem S, Percy ME, Kruck TP, Gelbart RR (setembro de 2002). «Epidemic pathogenic selection: an explanation for hereditary hemochromatosis?». Med. Hypotheses. 59 (3): 325–9. PMID 12208162. doi:10.1016/S0306-9877(02)00179-2 
  58. Wander K, Shell-Duncan B, McDade TW (outubro de 2008). «Evaluation of iron deficiency as a nutritional adaptation to infectious disease: An evolutionary medicine perspective». Am. J. Hum. Biol. 21 (2): 172–9. PMID 18949769. doi:10.1002/ajhb.20839 
  59. Eaton SB, Eaton SB, Konner MJ (abril de 1997). «Paleolithic nutrition revisited: a twelve-year retrospective on its nature and implications». Eur J Clin Nutr. 51 (4): 207–16. PMID 9104571. doi:10.1038/sj.ejcn.1600389 
  60. Eaton SB, Konner M (janeiro de 1985). «Paleolithic nutrition. A consideration of its nature and current implications». N. Engl. J. Med. 312 (5): 283–9. PMID 2981409. doi:10.1056/NEJM198501313120505 
  61. Woolf LI, McBean MS, Woolf FM, Cahalane SF (maio de 1975). «Phenylketonuria as a balanced polymorphism: the nature of the heterozygote advantage». Annals of Human Genetics. 38 (4): 461–9. PMID 1190737. doi:10.1111/j.1469-1809.1975.tb00635.x 
  62. Humphrey, Nicholas (2002). «19. Great Expectations: The Evolutionary Psychology of Faith-Healing and the Placebo Effect» (PDF). The mind made flesh: essays from the frontiers of psychology and evolution. Oxford [Oxfordshire]: Oxford University Press. pp. 255–85. ISBN 0-19-280227-5 
  63. Karasik, D. (novembro de 2008). «Osteoporosis: an evolutionary perspective». Human Genetics. 124 (4): 349–356. ISSN 0340-6717. PMID 18781328. doi:10.1007/s00439-008-0559-8 
  64. Williams TN (agosto de 2006). «Human red blood cell polymorphisms and malaria». Current Opinion in Microbiology. 9 (4): 388–94. PMID 16815736. doi:10.1016/j.mib.2006.06.009 
  65. Ayi K, Turrini F, Piga A, Arese P (novembro de 2004). «Enhanced phagocytosis of ring-parasitized mutant erythrocytes: a common mechanism that may explain protection against falciparum malaria in sickle trait and beta-thalassemia trait». Blood. 104 (10): 3364–71. PMID 15280204. doi:10.1182/blood-2003-11-3820 
  66. Williams TN; Mwangi TW; Wambua S; et al. (julho de 2005). «Sickle cell trait and the risk of Plasmodium falciparum malaria and other childhood diseases». J. Infect. Dis. 192 (1): 178–86. PMC 3545189Acessível livremente. PMID 15942909. doi:10.1086/430744 
  67. Hart BL (1988). «Biological basis of the behavior of sick animals». Neurosci Biobehav Rev. 12 (2): 123–37. PMID 3050629. doi:10.1016/S0149-7634(88)80004-6 
  68. Eaton SB; Pike MC; Short RV; et al. (setembro de 1994). «Women's reproductive cancers in evolutionary context». Q Rev Biol. 69 (3): 353–67. PMID 7972680. doi:10.1086/418650 
  69. Nesse, R., & Williams, G. (1996) Why We Get Sick. NY: Vintage.
  70. Gaulin, Steven J. C. and Donald H. McBurney. Evolutionary psychology. Prentice Hall. 2003. ISBN 978-0-13-111529-3, Chapter 1, p 1-24.
  71. Buss, D.M. (2011). Evolutionary Psychology.
  72. Gaulin & McBurney (2004), Evolutionary Psychology
  73. Workman & Reader (2004), Evolutionary Psychology
  74. Nesse R (1997). «An evolutionary perspective on panic disorder and agoraphobia». In: Baron-Cohen S. The maladapted mind: classic readings in evolutionary psychopathology. East Sussex: Psychology Press. pp. 73–84. ISBN 0-86377-460-1. Consultado em 21 de janeiro de 2011 
  75. Grinde B (junho de 2005). «An approach to the prevention of anxiety-related disorders based on evolutionary medicine». Prev Med. 40 (6): 904–9. PMID 15850894. doi:10.1016/j.ypmed.2004.08.001 
  76. Nesse RM (janeiro de 2000). «Is depression an adaptation?». Arch. Gen. Psychiatry. 57 (1): 14–20. PMID 10632228. doi:10.1001/archpsyc.57.1.14 [ligação inativa]
  77. Nesse RM, Berridge KC (outubro de 1997). «Psychoactive drug use in evolutionary perspective». Science. 278 (5335): 63–6. PMID 9311928. doi:10.1126/science.278.5335.63 
  78. Crow TJ (julho de 1995). «A Darwinian approach to the origins of psychosis». Br J Psychiatry. 167 (1): 12–25. PMID 7551604. doi:10.1192/bjp.167.1.12 
  79. Brüne M (março de 2004). «Schizophrenia-an evolutionary enigma?». Neurosci Biobehav Rev. 28 (1): 41–53. PMID 15036932. doi:10.1016/j.neubiorev.2003.10.002 
  80. Nesse RM (setembro de 2004). «Natural selection and the elusiveness of happiness». Philosophical Transactions of the Royal Society B. 359 (1449): 1333–47. PMC 1693419Acessível livremente. PMID 15347525. doi:10.1098/rstb.2004.1511 
Livros da Wikipédia
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Medicina evolutiva
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?