Luis Antonio Belluga y Moncada
Luis Antonio Belluga y Moncada | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Bispo emérito de Cartagena | |
Atividade eclesiástica | |
Congregação | Congregação do Oratório |
Diocese | Diocese de Cartagena |
Nomeação | 9 de fevereiro de 1705 |
Predecessor | Francisco Fernández de Angulo |
Sucessor | Tomás José Ruiz Montes |
Mandato | 1705-1724 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 22 de fevereiro de 1687 |
Nomeação episcopal | 9 de fevereiro de 1705 |
Ordenação episcopal | 19 de abril de 1705 por Pedro de Salazar Gutiérrez de Toledo, O. de M. |
Nomeado arcebispo | 16 de dezembro de 1715 |
Cardinalato | |
Criação | 29 de novembro de 1719 por Papa Clemente XI |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | Santa Maria na Traspontina (1721-1726) Santa Priscila (1726-1737) Santa Maria além do Tibre (1737-1738) Santa Praxedes (1738-1743) |
Dados pessoais | |
Nascimento | Motril 30 de novembro de 1662 |
Morte | Roma 22 de fevereiro de 1743 (80 anos) |
Nacionalidade | espanhol |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Luis Antonio Belluga y Moncada, C.O. (Motril, 30 de novembro de 1662 – Roma, 22 de fevereiro de 1743) foi um cardeal espanhol da Igreja Católica, foi bispo de Cartagena e Camerlengo do Sacro Colégio dos Cardeais.
Nascimento
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Motril em 30 de novembro de 1662, Motril, na jurisdição da Arquidiocese de Granada. De família nobre, era filho de Luis de Belluga y Moncada e María Francisca del Castillo, mas ficou órfão muito jovem. Ele também está listado como Lluís Belluga i de Montcada; e seu primeiro nome como Lodovico ou Luigi e como Luiz.[1]
Educação
[editar | editar código-fonte]Fez sua instrução primária com seu tio Luis Belluga y Mortara, beneficiário da paróquia de Motril e com os Mínimos de São Francisco de Paula. Recebeu a tonsura eclesiástica e foi estudar no Colégio Maior de Santiago de Granada em 1676 (filosofia e teologia) e no Colegio Mayor de Santa María de Jesús de Sevilha, onde obteve o doutorado em teologia em 1686.[1]
Sacerdócio
[editar | editar código-fonte]Foi ordenado padre em 22 de fevereiro de 1687.[2] Tornou-se juiz e examinador sinodal na diocese de Córdova, cônego lectoral do cabido da Catedral de Zamora em 1687 e da Catedral de Córdova, por oposição com voto unânime, entre 1689 e 1705. Foi também fundador e superior da Congregação do Oratório de São Filipe Neri em Córdoba.[1]
Episcopado
[editar | editar código-fonte]Foi eleito bispo de Cartagena em 9 de fevereiro de 1705, sendo consagrado no domingo 19 de abril de 1705, na Capela do bispo de Córdova, o cardeal Pedro de Salazar Gutiérrez de Toledo, O. de M., bispo de Córdoba. Por motivos religiosos apoiou o rei Felipe V na Guerra da Sucessão Espanhola. Em carta pastoral, de 1705, ele fundamentava a obediência devida ao rei e sua posição causou um debate acalorado. A guerra afetou Múrcia em 1706, e quando ele soube que as tropas do arquiduque Carlos haviam profanado igrejas em Alicante, agindo contra seu temperamento pacífico, formou uma milícia e montado a cavalo e com um crucifixo na mão, exortou os fiéis a defenderem-se "dos inimigos de nossa Santa Fé, defendam suas igrejas e não as vejam profanadas".[1]
Em fevereiro de 1706, o rei Felipe V nomeou-o vice-rei de Valência, cargo que aceitou a contragosto e ao qual renunciou em abril de 1707. Apresentou-se no campo da Batalha de Almansa em 1707. Em 1709, o Papa Clemente XI reconheceu o arquiduque como rei dos territórios ocupados na Espanha e o rei Felipe V rompeu relações com Roma e limitou a liberdade religiosa no reino. O bispo Belluga y Moncada, apesar de seu afeto e lealdade ao rei, defendeu os direitos da igreja em um memorial datado de 16 de novembro de 1709.[1] Também se opôs a suas políticas monarquistas e a seus ministros franceses. Em Vega Baja del Segura, a partir de 1715, fundou as cidades de Dolores, San Felipe e San Fulgencio. Recusou as dioceses de Córdova e Saragoça e, por mandato do Papa Clemente XI, acabou por aceitar o cardinalato.[1]
Cardinalato
[editar | editar código-fonte]Foi criado cardeal no consistório de 29 de novembro de 1719, pelo Papa Clemente XI. Recebeu o chapéu vermelho em 10 de junho de 1721 e o título de cardeal-presbítero de Santa Maria na Traspontina em 16 de junho de 1721.[1][2] A bula papal Apostolici ministerii, de 1723, sobre a reforma tridentina na Espanha, foi chamada de Bellugana por sua contribuição à sua composição.[1]
Após o conclave de 1724, permaneceu em Roma, onde passou a residir.[1] Renunciou ao governo da diocese em 11 de setembro de 1724.[1][2] Optou pelo título de Santa Priscila, em 20 de fevereiro de 1726, em julho do mesmo ano foi nomeado cardeal protetor da Espanha. Tornou-se Camerlengo do Sacro Colégio dos Cardeais, cargo que desempenhou de 26 de janeiro de 1728 até 7 de fevereiro de 1729. Pró-ministro da Espanha perante a Santa Sé por morte do cardeal Cornelio Bentivoglio, de janeiro de 1733 até abril de 1734.[1]
Optou pelo título de Santa Maria além do Tibre, 16 de dezembro de 1737, e pelo título de Santa Praxedes, em 3 de setembro de 1738.[1]
Conclaves
[editar | editar código-fonte]- Conclave de 1721 - não participou da eleição do Papa Inocêncio XIII
- Conclave de 1724 - participou da eleição do Papa Bento XIII
- Conclave de 1730 - participou da eleição do Papa Clemente XII
- Conclave de 1740 - participou da eleição do Papa Bento XIV
Ordenações episcopais
[editar | editar código-fonte]O cardeal Belluga y Moncada foi o principal sagrante de:[2]
- Rodrigo Marín y Rubio (1709)
- Diego Muñoz Baquerizo (1714)
- Diego de Astorga y Céspedes (1716)
- Tomás Ratto Ottonelli (1731)
- Stanislao Poliastri (1738)
Foi também o consagrante de:
- Jerónimo del Valle Ledesma (1715)
Morte
[editar | editar código-fonte]Morreu em Roma em 22 de fevereiro de 1743. Foi velado na igreja de Santa Maria in Vallicella, onde ocorreu a capella papalis em 25 de fevereiro de 1743 e foi sepultado na capela de San Carlo nessa mesma igreja. Seu epitáfio foi redigido pelo Papa Bento XIV.[1]
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Díaz Gómez, J.A. (2017), «Luis Antonio Belluga: trayectoria de un cardenal oratoriano y su vinculación a la Chiesa Nuova», Annales Oratorii 15: 121-154. (em castelhano)
- Díaz Gómez, J.A. (2016), «Arte y mecenazgo en las fundaciones pías del cardenal Belluga bajo los reales auspicios de Felipe V. La irrenunciable herencia filipense», en M.M. Albero Muñoz y M. Pérez Sánchez (eds.), Las artes de un espacio y un tiempo: el setecientos borbónico: 57-75. Madrid: Fundación Universitaria Española. (em castelhano)
- Linage Conde, A. (1978), «Una biografía inédita del cardenal Belluga, por el obispo de Ceuta Martín Barcia (1746)», Murgetana 52: 113-134. (em castelhano)
- López-Guadalupe Muñoz, J.J. (2004), «El mecenazgo artístico del Cardenal Belluga: la Capilla de la Virgen de los Dolores en la Iglesia Mayor de Motril», Imafronte 17: 81-112. (em castelhano)
- Vilar Ramírez, J.B. (2001), El cardenal Luis Belluga. Granada: Comares. (em castelhano)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «GCatholic» (em inglês)
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
Precedido por Francisco Fernández de Angulo |
Bispo de Cartagena 1705 — 1724 |
Sucedido por Tomás José Ruiz Montes |
Precedido por Giuseppe Sacripante |
Cardeal-presbítero de Santa Maria na Traspontina 1721 — 1726 |
Sucedido por Giuseppe Accoramboni |
Precedido por Giovanni Battista Salerni, S.J. |
Cardeal-presbítero de Santa Priscila 1726 — 1737 |
Sucedido por Pierluigi Carafa |
Precedido por Cornelio Bentivoglio |
Camerlengo do Sacro Colégio dos Cardeais 1728 — 1729 |
Sucedido por Mihály Frigyes Althann |
Precedido por Giorgio Spinola |
Cardeal-presbítero de Santa Maria além do Tibre 1737 — 1738 |
Sucedido por Francesco Antonio Finy |
Precedido por Giorgio Spinola |
Cardeal-presbítero de Santa Praxedes 1738 — 1743 |
Sucedido por Angelo Maria Quirini, O.S.B. Cas. |
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