For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for João Maria Tudela.

João Maria Tudela

Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir referências (Encontre fontes: ABW  • CAPES  • Google (N • L • A)). (Novembro de 2020)

João Maria de Oliveira Pegado Bastos Carreira, que usou o nome artístico de "João Maria Tudella" (Lourenço Marques, 27 de Agosto de 1929 - Cascais, 22 de Abril de 2011), foi um cantor, músico e artista português. Desenvolveu uma intensa atividade como cantor. Foi um conhecido intérprete de muitos sucessos discográficos, entre eles, "Moçambique" e "Kanimambo" (com música do Maestro Artur Fonseca). Foi igualmente produtor e apresentador do programa de televisão "Noites de Gala", realizado em 1987, no Casino Estoril.[1]

Filho de Manuel João Bastos Carreira (Cabeceiras de Basto - Lisboa), Empresário, e de sua mulher (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, divorciados) Alzira de Oliveira Pegado (Lourenço Marques, Conceição, 12 de Dezembro de 1903 (bap. 12 de Dezembro de 1905) - Lisboa, 28 de Novembro de 1972), filha única, uma família aristocrática radicada em Moçambique, João Maria Tudela, depois de concluir o ensino primário[2] em Lourenço Marques, actual Maputo, prosseguiu os seus estudos na África do Sul, até aos 13 anos, regressando a Lourenço Marques onde frequentou o Liceu Salazar. Era enteado (Lourenço Marques, 11 de Janeiro de 1937) de Rodrigo de Sousa Tudella de Meneses e Castilho (Viseu, São João de Lourosa - Lisboa), Oficial da Marinha Mercante, neto materno da 1.ª Viscondessa de Taveiro e sobrinho materno do 2.º Visconde de Taveiro e 1.º Conde de Santar, do qual usou o apelido e do qual tinha um meio-irmão, Rodrigo José de Oliveira Pegado de Sousa Tudella de Castilho.[3]

Em 1944 vai para Coimbra, onde canta, em ambientes informais, no meio estudantil[4].

O regresso a Moçambique

[editar | editar código-fonte]

Em 1950[5], não tendo acabado o curso, regressa a Lourenço Marques, por decisão da família. Nesta cidade trabalha na Companhia de Seguros Império (quatro anos) e na Shell (7 anos), empresa onde ocupa o lugar de responsável comercial[4].

Foi Secretário Particular do Eng.º Jorge Jardim, com o qual trabalhou nos contactos desenvolvidos antes do 25 de Abril de 1974, com vista à Autonomia e eventual Independência de Moçambique.[3]

A actividade musical até à profissionalização

[editar | editar código-fonte]

Logo em 1950 começa a interpretar, no Rádio Clube de Moçambique, músicas ligadas à tradição musical coimbrã.

Nos anos seguintes canta na rádio e em clubes em Moçambique, África do Sul e Rodésia (actual Zimbabwe).

Em 1957, com Dan Hill e Seu Quinteto, grava, para a editora sul-africana Gallotone, o LP Sundown at Lourenço Marques.

Começa, entretanto, a constituir reportório próprio com a colaboração de Reinaldo Ferreira e Gustavo Matos Sequeira (letras) e deArtur Fonseca (músicas).

Em 1959 lança, no Rádio Clube de Moçambique, Kanimambo, com letra de Reinaldo Ferreira e Matos Sequeira e música de Artur Fonseca, editada igualmente pela Gallotone e também pela Valentim de Carvalho (Portugal).

No mesmo ano, grava, de novo para a Gallotone, o LP Uma Casa Portuguesa: João Tudella Canta Música de Artur Fonseca, incluindo as composições Uma Casa Portuguesa, Moçambique, Baião, Baião, Magaíça, Lourenço Marques, É Uene[6], Uma Estrela Falou, Adeus Cidade, Holiday In Lourenço Marques, Hambanine[7] e Macala

O sucesso de Kanimambo, e de outras composições entretanto lançadas, acabam por o conduzir à profissionalização[4].

A profissionalização

[editar | editar código-fonte]

Em 1961, João Maria Tudella fixa-se em Portugal, onde actua na rádio, na televisão, em cruzeiros e em salas de espectáculo.

Em 1966[8] e 1968 (com Ao Vento e às Andorinhas[9]) concorre ao Festival RTP da Canção como intérprete e, em 1969, como compositor, com Fernando Alvim, com a canção Tenho Amor para Amar, interpretada pelo Duo Ouro Negro.

O contacto com personalidades da oposição política ao regime do Estado Novo, como Mário Castrim, Alice Vieira, Ary dos Santos e Fernando Tordo, altera a orientação do seu reportório. Em 1969 grava para a Decca o LP Tudella Canta Música de Pedro Jordão, onde se incluem poemas de José Gomes Ferreira (Fuzilaram um Homem num País Distante]), Manuel Alegre (Liberdade e Os Ratos)[10]. Em 1968 é proibido de actuar na RTP por ter cantado, em directo, no programa Natal dos Hospitais a composição Cama 4, sala 5 de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes[4].

Casou em Lisboa a 27 de Junho de 1990 com Filomena Maria Ferreira da Fonseca (Lisboa, 14 de Dezembro de 1956), filha de Ilídio Oliveira da Fonseca e de sua mulher Maria Arminda Pinho Ferreira, da qual teve um filho João Maria da Fonseca Bastos Carreira (Lisboa, 19 de Março de 1991) e uma filha Maria Carlota da Fonseca Bastos Carreira (Lisboa, 8 de Outubro de 1994).[11]

Referências

  1. "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz e José Francisco Leite de Noronha, Fundação Oriente, 1.ª Edição, Lisboa, 2003, Volume III N - Z, pp. 135 a 136
  2. Primeiros quatro anos de escolaridade, correspondentes ao actual primeiro ciclo do ensino básico.
  3. a b "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz e José Francisco Leite de Noronha, Fundação Oriente, 1.ª Edição, Lisboa, 2003, Volume III N - Z, p. 135
  4. a b c d CASTELO-BRANCO, Salwa (dir.). Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX. Lisboa: Temas e Debates, 2010, sv João Maria de Oliveira Pegado de Bastos Carreira Tudella. ISBN 978-989-644-114-2.
  5. Segundo algumas fontes, em 1951.
  6. Interjeição para chamar a atenção. Semelhante ao Ei! português.
  7. Em xironga, adeus.
  8. Festival de 1966 Arquivado em 19 de março de 2011, no Wayback Machine..
  9. Classificada em 5.º lugar.
  10. O LP inclui ainda Mãos de Luar (Maria do Carmo), Quero um Cavalo de Várias Cores (Reinaldo Ferreira), No Mar Sou Teu Amigo (Joaquim Pedro Gonçalves), Trilogia: Irmão (Jorge Massada), A Sala (Ema Vicente) e A História do Boi Cansado (Miguel Apolinário), Flor de Lapela (Reinaldo Ferreira), Quando Ela Passa' (Fernando Pessoa, Eu, Pássaro (João Fezas Vital), Pintor Louco (Rui Malhoa), Não a Despertem (Major Gonçalves Pedroso), A Tarde Vai Longe (Joaquim Pedro Gonçalves) e Um Sossego Mais Largo (Reinaldo Ferreira).
  11. "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz e José Francisco Leite de Noronha, Fundação Oriente, 1.ª Edição, Lisboa, 2003, Volume III N - Z, p. 136
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
João Maria Tudela
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?