Estação Primeira de Mangueira
Estação Primeira de Mangueira | |
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Fundação | 28 de abril de 1928 (96 anos)[1][nota 1] |
Cores | |
Símbolo | Tambor surdo encimado por uma coroa e com ramos de louro em volta[2][3] |
Bairro | Mangueira[1] |
Presidente | Guanayra Firmino |
Presidente de honra | Eli Gonçalves da Silva (Chininha) |
Desfile de 2025 | |
Enredo | À Flor da Terra - No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões |
Site oficial «www.mangueira.com.br» |
Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (ou simplesmente Estação Primeira de Mangueira) é uma tradicional escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro. Tendo como símbolo as cores verde e rosa, a Mangueira, ficando atrás apenas da Portela, ocupa o posto de segunda maior vencedora no rol das campeãs do carnaval do Rio de Janeiro,[4] detendo 20 conquistas (1932, 1933, 1934, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960,[5] 1961,[6] 1967,[7] 1968,[8] 1973,[9] 1984 (campeã e supercampeã),[10] 1986,[11] 1987, 1998, 2002,[12] 2016[13] e 2019). A Verde e Rosa ainda foi vice-campeã do carnaval carioca em 19 ocasiões (1935, 1936, 1939, 1941, 1943, 1944, 1945, 1946, 1947, 1955, 1963, 1966, 1969, 1972, 1975, 1976, 1978, 1988 e 2003).
Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo à região do Maracanã, pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, entre outros. Sua quadra está sediada na Rua Visconde de Niterói, no bairro do mesmo nome.
A Mangueira foi a primeira escola que criou a ala de compositores,[14] incluindo mulheres. Mantém, desde a sua fundação, uma única marcação, com o surdo de primeira, na sua bateria. Marcelino Claudino, o Maçu, introduziu as figuras do mestre-sala e da porta-bandeira no Carnaval. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.
A escola ganhou um Super-Campeonato, exclusivo, oferecido no ano de 1984, na inauguração do Sambódromo.[15] A Verde-e-Rosa fora a campeã da segunda-feira de carnaval, e a Portela do domingo. Três escolas foram para o sábado das campeãs disputar o Super-Campeonato, e a Mangueira foi aclamada a Super-Campeã com um desfile memorável em que a escola, ao chegar à Praça da Apoteose, retornou pela avenida, carregando uma multidão de foliões.
Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006, e que tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente - o maior intérprete de Samba-Enredo de todos os tempos.[16]
Após parceria com a Xerox do Brasil e a Petrobras, na década de 1990 a Mangueira também montou uma Vila Olímpica e passou a disputar campeonatos esportivos, principalmente no Atletismo e no Basquete, onde disputou o Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino.[17][18]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/df/Mangueira_Teu_Cen%C3%A1rio_%C3%89_Uma_Beleza_DSC00872.png/220px-Mangueira_Teu_Cen%C3%A1rio_%C3%89_Uma_Beleza_DSC00872.png)
A Estação Primeira de Mangueira teve origem no Morro da Mangueira, posteriormente bairro da Mangueira, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.[19] O Morro da Mangueira serviu de abrigo e moradia para escravos alforriados e seus descendentes, que levavam para a localidade as manifestações culturais e religiosas características das nações africanas, como o candomblé e a batucada.[20] Alguns casebres serviam de templos religiosos, como o terreiro de Tia Fé (Benedita de Oliveira), onde eram realizadas cerimônias religiosas seguidas de cantoria e batucada.[21] A partir da década de 1910, começaram a surgir grupos carnavalescos em Mangueira, como os cordões Guerreiros da Montanha (com sede na casa de Tia Chiquinha Portuguesa) e Trunfos da Mangueira (sediado na casa de Leopoldo da Santinha), ambos na localidade conhecida como Buraco Quente.[22] Nos cordões, um grupo de mascarados, conduzidos por um mestre com um apito, acompanhava uma orquestra de percussão. Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte (o que mais tarde originaria o casal de mestre-sala e porta-bandeira). Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pérolas do Egito (fundado em 1910 por Tia Fé), Pingo de Amor e Príncipes da Mata (depois renomeado para Príncipe da Floresta).[22] A partir de 1920, surgiram os blocos carnavalescos, unindo elementos dos cordões e dos ranchos. Em Mangueira, destacaram-se os blocos de Tia Tomázia, Tia Fé e Mestre Candinho.[22] Os blocos eram, constantemente, tomados por brigas e confusões causadas por sambistas embriagados, o que resultou em 1923, na fundação do Bloco dos Arengueiros.[20] O bloco era formado apenas por homens e, como o próprio nome sugere, foi criado com o intuito de reunir os sambistas arruaceiros da região. Os participantes saiam às ruas vestidos de mulher, caçando briga com os outros blocos que encontrassem desfilando. Algumas confusões resultaram em prisões. Participaram da fundação do bloco: Carlos Cachaça, Cartola, Babaú da Mangueira, Saturnino Gonçalves, Arthur Gonçalves, Antonico, Fiúca, Francisco Ribeiro (Chico Porrão), Homem Bom, Gradim, Manoel Joaquim, Marcelino José Claudino (Maçu da Mangueira), Pimenta, Rubens e Zé Espinguela.[23] O Bloco dos Arengueiros conquistou popularidade no Morro da Mangueira, sendo convidados para participar de outros blocos da região. Ainda assim, havia uma divisão entre os blocos tradicionais e o bloco dos arruaceiros, e os participantes dos Arengueiros não conseguiam se encaixar nos demais blocos. Após cinco carnavais, os participantes do Bloco dos Arengueiros propuseram unir todos os blocos de Mangueira para desfilar na Praça Onze. Na época, Cartola escrevera o samba "Chega de demanda", que seria o primeiro samba da Estação Primeira de Mangueira. No samba, Cartola conclama a união de todos os blocos da região ("Chega de demanda, chega / Com este time temos que ganhar / Somos da Estação Primeira / Salve o Morro de Mangueira").[24]
Fundação
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Cartola_por_Cynthia_Brito.jpg/220px-Cartola_por_Cynthia_Brito.jpg)
Segundo a própria escola de samba, a Estação Primeira de Mangueira foi fundada no dia 28 de abril de 1928, por Cartola, Zé Espinguela, Saturnino Gonçalves, Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides), Marcelino José Claudino (Maçu da Mangueira), Pedro Caim (Paquetá) e Abelardo da Bolinha. A fundação foi no Terreiro de Tia Fé, pessoa de grande importância na história do morro da Mangueira.[19][26] Carlos Cachaça foi reconhecido como fundador, apesar de não estar presente durante a reunião de fundação.[27] Os participantes do Bloco dos Arengueiros se reuniram na casa de Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides), na Travessa Saião Lobato, número 21, no Buraco Quente, em Mangueira e fundaram o Bloco Estação Primeira de Mangueira, mais tarde, escola de samba.[28] Foram escolhidos: Saturnino Gonçalves como primeiro presidente da escola; Francisco Ribeiro (Chico Porrão) como tesoureiro; Pedro Caim como secretário; Carlos Cachaça como orador; e Cartola como diretor de harmonia. A primeira sede da agremiação foi instalada na Travessa Saião Lobato, número 7, no Buraco Quente, em Mangueira.[20] A escola ao contrário de outras cô-irmãs não conta o tempo em que era um bloco, leva apenas em consideração a data de 1928 como escola de samba.
Atributos
[editar | editar código-fonte]Nome
[editar | editar código-fonte]O nome da agremiação foi escolhido por Cartola, por ser, a Estação Mangueira, a primeira estação no trajeto entre a Central do Brasil e o subúrbio carioca, onde havia samba.[19][20][26][28]
Cores
[editar | editar código-fonte]A Mangueira tem como cores o verde e o rosa, escolhidas por Cartola em referência ao Rancho do Arrepiado, frequentado por seu pai, quando morava em Laranjeiras.[19][20][26][28]
Símbolos
[editar | editar código-fonte]No início de sua história, a Mangueira não tinha um símbolo definido. A cada ano era bordado um símbolo diferente na bandeira da agremiação. Já foram utilizados como símbolos: violão, pandeiro, tamborim, clarin, e até mesmo uma águia, igual a da Portela. No início da década de 1960, na gestão de Roberto Paulino como presidente, a escola instituiu seu símbolo definitivo. Idealizado por Manuel Pereira Filho (Beleléu) e desenhado por Darque Dias Moreira (Sinhôzinho), o símbolo da Mangueira consiste em um tambor surdo, encimado por uma coroa, e com ramos de louro em volta. O tambor simboliza o samba; a coroa representa a Mangueira como a "rainha do samba"; e os louros significam as vitórias da agremiação. O símbolo foi registrado por Beleléu no Departamento de Censura, sendo adotado definitivamente pela escola.[2][3]
Bandeira
[editar | editar código-fonte]A bandeira da escola é formada por um retângulo, com dezesseis raios, dispostos em cores alternadas (oito verdes e oito rosas), partindo do centro em direção às extremidades do pavilhão. No centro da bandeira, há um octógono na cor verde, onde, dentro, se encontra o logotipo com os símbolos da agremiação.[29][30] O logotipo da Mangueira é composto por um tambor surdo encimado por uma coroa. Ramos de louro contornam a base do tambor. Abaixo, encontra-se a inscrição "1928" (ano de fundação da escola). E mais abaixo, uma faixa com o nome oficial da agremiação ("G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira"). Acima da coroa, um arco formado por estrelas na mesma quantidade de títulos conquistados pela escola, sendo uma delas, maior que as demais, por representar o supercampeonato do carnaval de 1984.[2][3][31]
História
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dd/Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira%2C_1957.jpg/220px-Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira%2C_1957.jpg)
Nos carnavais de 1930 e 1931, os blocos do Morro da Mangueira se fundiram à Estação Primeira de Mangueira, que desfilou na Praça Onze com grande contingente.[32] Venceu os três primeiros concursos oficiais, foi vice-campeã em outros dois. Não desfilou em 1937, pois o desfile foi cancelado por ordem do delegado de polícia Dulcídio Gonçalves. Neste ano, o morro da Mangueira foi representado pela azul e rosa Unidos de Mangueira, que somente participou do desfile oficial por quatro anos.
Com o racha entre os sambistas no ano de 1949, a Mangueira, juntamente com a Portela, decide seguir com a UGESB, acusada de ser uma organização simpatizante do Comunismo, enquanto outras escolas, como o Império Serrano, decidiram seguir a liga paralela estimulada pelo governo municipal, a FBES. Foi neste ano que Jamelão assumiu o posto de cantor oficial na escola, ocupando o lugar de Xangô da Mangueira. Logo em seu primeiro desfile, no posto, a escola sagrou-se campeã.
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/63/Desfile_da_Mangueira_de_1969.tif/lossy-page1-220px-Desfile_da_Mangueira_de_1969.tif.jpg)
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1f/Desfile_da_Mangueira_de_1970.tif/lossy-page1-220px-Desfile_da_Mangueira_de_1970.tif.jpg)
Em 1950, a Mangueira seguiu para a UCES, onde foi novamente campeã, retornando à UGESB em 1951, até a reunificação das entidades no ano seguinte. Em 1980, obteve sua pior colocação até então, quando foi a oitava colocada.
Em 1984, ano de inauguração do Sambódromo, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história do Carnaval Carioca. Após desfilar, a escola retornou pela Sapucaí, sendo aclamada pelo público. Naquele ano, o primeiro onde houve dois dias de desfile para as escolas de samba, a primeira divisão acabou sendo dividida em dois grupos, sendo cada um, um concurso diferente. Mangueira e Portela, duas das escolas mais tradicionais, venceram, um o desfile de domingo, e outra o de segunda-feira. Um novo concurso foi realizado no sábado seguinte ao Carnaval, entre as melhores escolas de cada dia de desfile, além das melhores do grupo de acesso também. Por fim, a Mangueira sagrou-se "supercampeã".
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/Carnaval_Rio_de_Janeiro_Samb%C3%B3dromo_1984.jpg/220px-Carnaval_Rio_de_Janeiro_Samb%C3%B3dromo_1984.jpg)
Após ser bicampeã em 1986/1987, e vice em 1988, a agremiação obteve algumas colocações ruins, como o 11º lugar em 1989, e o 12º lugar em 1991 e 1994. Apesar da má colocação, o samba enredo de 1994, de autoria de David Correa, Paulinho, Carlos Sena e Bira do Ponto, é considerado por parte da crítica como um dos mais empolgantes da década [33] A composição, que possuía o refrão "me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu", falava dos chamados "doces bárbaros", Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
Datam também dessa época as primeiras parcerias de sucesso da escola com grandes empresas, e do início de grandiosos projetos, como da Vila Olímpica[34]
Em 1995, sucedendo ao conhecido presidente Álvaro Caetano, o Alvinho, assumiu a presidência da escola Elmo José dos Santos,[35] que ocuparia o posto por dois mandatos. Sob sua presidência,a Mangueira conquistaria o título duas vezes.
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Em 1998, ao escolher Chico Buarque como tema de seu carnaval, a Mangueira escolheu em sua eliminatória interna um samba-enredo de uma parceria de compositores paulistanos, membros da escola de samba Morro da Casa Verde, o que gerou alguma polêmica devido à rivalidade entre cariocas e paulistas. Apesar da disso, a escola empatou com a Beija-Flor, voltando a conquistar um campeonato após um jejum que já durava onze anos. Logo após o carnaval, em 19 de abril de 1998, foi criada a Academia Mangueirense do Samba[36]
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/55/Alegoria_da_Mangueira.jpg/247px-Alegoria_da_Mangueira.jpg)
Ainda a Mangueira voltaria a vencer o Carnaval novamente em 2002 com um enredo que falava sobre o Nordeste, perdendo no ano seguinte para a Beija-Flor. Nesse ano, 2003, a Mangueira trouxe como tema a história de Moisés e da libertação do povo hebreu, narrada no Antigo Testamento,[37] trazendo um samba de autoria de Marcelo Dáguiã, Bizuca, Gilson Bernini e Clóvis Pê,[38] que começava com o refrão "Quem plantar a paz, vai colher amor, um grito forte, de liberdade, na Estação Primeira ecoou", considerado muito bonito pela crítica.[39] Gerou polêmica naquele ano o fato de a comissão de frente, coreografada por Carlinhos de Jesus, não obter a nota máxima, o que sempre vinha acontecendo nos anos anteriores.
Em 2006, a Mangueira escolheu sua nova diretoria, onde numa eleição disputada, Percival Pires derrotou Ivo Meirelles, sendo eleito o novo presidente da escola. Ivo, no entanto, mais adiante ficou com o cargo de presidente da bateria, cargo este que não costuma existir na maioria das escolas de samba, sendo quase uma exclusividade da verde e rosa.
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/09/Baianas_da_Mangueira%2C_2007.jpg/252px-Baianas_da_Mangueira%2C_2007.jpg)
Para 2007, a Mangueira mexeu com vários tabus: ao comemorar seus oitenta anos, pela primeira vez permitiu a presença de mulheres na bateria, ideia esta que partiu do próprio presidente da bateria, Ivo Meirelles, ideia esta que gerou polêmica. Além disso, Preta Gil veio como rainha de bateria da escola, quebrando uma tradição de ter rainhas somente vindas da própria comunidade, eleitas através de um concurso. Porém, o fato que causou maior comoção, não só na escola, mas em todo o meio dos sambistas aquele ano, foram os problemas de saúde do intérprete Jamelão, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e ficou impossibilitado de gravar o samba-enredo da Mangueira para o CD oficial das escolas do carnaval de 2007 nem pôde desfilar com a escola. O então desconhecido cantor de apoio Luizito o substituiu, mas também sofreu problemas de saúde pouco tempo antes do desfile e quase foi vetado pelos médicos. Uma sequência de fatos negativos começaram a recair sobre a entidade a partir de então.
No dia do desfile, Beth Carvalho foi impedida de desfilar e praticamente expulsa do carro alegórico dos baluartes, sendo agredida com um chapéu pelo baluarte Raymundo de Castro.[40] O baluarte Nélson Sargento também preferiu não desfilar, já que possivelmente a roupa de sua mulher, não tinha sido entregue.[41] Estes fatos geraram um certo mal-estar no meio do samba e muitas críticas às diretorias de escolas de samba da atualidade, principalmente à da própria Mangueira. Apesar dos problemas fora da pista, a verde-rosa terminou em terceiro lugar.
Ainda em 2007, seu presidente foi eleito para a Academia Mangueirense do Samba, ocupando a cadeira de tia Miúda, e que foi ocupada até dezembro de 2006 pelo compositor Jurandir da Mangueira.[36]
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/06/Carnaval_2008_-_Mangueira_-_SF0896.jpg/220px-Carnaval_2008_-_Mangueira_-_SF0896.jpg)
Em 2008, a Mangueira passou por aquela que muitos consideram a sua pior crise. Primeiramente, ainda em 2007, quando todos esperavam um enredo sobre o centenário de Cartola, a diretoria fechou um acordo de patrocínio com a Prefeitura do Recife, ao qual a escola teria como enredo o centenário do frevo. Além de polêmicas relativas à escolha da rainha de bateria, por fim surgiram denúncias de envolvimento da diretoria da entidade com o tráfico do morro. Durante a escolha do samba-enredo, em outubro de 2007, a parceria escolhida foi a de Lequinho, Jr. Fionda, Francisco do Pagode, Silvão e Aníbal, sendo "Francisco do Pagode" o nome artístico de Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que passou 17 anos preso por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Na final da eliminatória interna, seu samba, mesmo considerado favorito, derrotou outros três fortes concorrentes, como Gilson Bernini e a parceria de Pedrinho do Cavaco e Índio da Mangueira[42] As críticas ao fato de um criminoso estar na parceria vencedora foram duramente rebatidas por Lequinho, que encabeçava o samba campeão. Para o compositor, que elogiou seu parceiro de samba, as críticas seriam resultado de um comportamento preconceituoso da sociedade[43]
As polêmicas não pararam por aí: em dezembro, Percival Pires renunciou à presidência, após aparecer num vídeo onde confraternizava com a mulher de Fernandinho Beira-Mar, presa dias depois[44] Em seu lugar, assumiu Eli Gonçalves da Silva, a Chininha, neta de Saturnino Gonçalves, então vice-presidente. Com muitos problemas no dia do desfile, a Estação Primeira terminou na décima colocação, sendo um dos quatro piores resultados de sua história. O ex-presidente da agremiação, Elmo José dos Santos, lamentou profundamente os acontecimentos e o resultado final.[45]
No dia 14 de junho de 2008, a escola perde um de seus maiores ícones: Jamelão, vítima de falência de múltiplos órgãos. Sua morte causou grande comoção no meio do samba. Para muitos, a perda do intérprete deixou uma lacuna enorme não só na escola, como também para todo o samba.[46][47][48]
Para 2009, após oito anos, o carnavalesco Max Lopes deixou a escola, que contratou o Roberto Szaniecki para seu lugar. O enredo escolhido foi uma homenagem ao povo brasileiro, baseando-se no livro "O Povo Brasileiro, Formação e Sentido do Brasil", do professor, antropólogo e político Darcy Ribeiro. Novamente com muitos problemas no início de 2009, a preparação das fantasias e alegorias atrasou e até semanas antes do Carnaval, quase nada havia sido feito. Torcedores assumiram o barracão da agremiação, trabalhando em regime de mutirão, para colocar o carnaval na avenida. Por fim, a sexta colocação foi vista com um misto de surpresa e alívio, pois muitos chegaram a temer o rebaixamento.
Década de 2010
[editar | editar código-fonte]- 2010: "Mangueira É Música do Brasil"
Após o Carnaval de 2009, após nova eleição, Ivo Meirelles foi aclamado novo presidente, decidindo rever a estrutura dos últimos anos na escola. A primeira alteração foi a contratação da carnavalesca Márcia Lage. Também foi contratado novo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Raphael e Marcella Alves. Além disso, para o posto de intérpretes, foi criado um trio apelidado de "os três tenores", formado por Luizito, Zé Paulo e Rixxah. além da bela Renata Santos, que deu um show de sensualidade a frente da bateria comandada pelo Mestre Jaguará Filho. O enredo escolhido foi Mangueira é a Música do Brasil, muito parecido com o tema de 2008 do Império de Casa Verde. No decorrer do ano, a carnavalesca foi afastada e substituída por Jaime Cezário e Jorge Caribé, o que resultou novamente numa sexta colocação.
- 2011: "O Filho Fiel, Sempre Mangueira"
Em 2011, a Mangueira levou para a avenida o enredo "Filho fiel, sempre Mangueira" de autoria da própria escola, que foi desenvolvido Por Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves. além disso continua com os três tenores, agora formado Luizito, Zé Paulo e Ciganerey que entra no lugar de Rixxah, sendo que devido a briga com um suposto torcedor do Fluminense durante a comemoração do título brasileiro na quadra, Luizito acabou suspenso[49] e logo depois iria se desligar da escola,[50] mas após conversa com Ivo Meirelles, voltou atrás e retornou ao trio.[51] Também houve uma mudança no comando da bateria. Aílton Nunes um dos autores do samba-enredo campeão daquele ano, passou a ser o mestre.[52]
- 2012: "Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira!"
No ano 2012, a Mangueira apresentou na avenida o enredo "Vou festejar, sou Cacique,Sou Mangueira", uma homenagem ao bloco Cacique de Ramos, que completou 50 anos em 2011. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho, sendo este contratado pela escola ainda em 2011. O samba enredo escolhido é da parceira de Igor Leal, Lequinho, Junior Fionda e Paulinho Carvalho. A escola inovou a chamada "paradinha" da bateria, para um tempo superior a 2 minutos. A "paradinha repercutiu e muito, e se tornou uma "paradona", que realmente alegrou e conquistou o público. A Cada ano, a bateria Surdo Um inova mais a mais, mas não foi apenas a bateria que conquistou o público. A cantora Alcione se marcou presente no carro de pagode dentre a bateria, e Beth Carvalho veio abrilhantando a comissão de frente como a madrinha dos orixás. Acreditou-se que todas as paradinhas foram planejadas. Mas isso não aconteceu. A primeira paradinha foi a única não planejada. Ela aconteceu devido a um defeito na aparelhagem que fez com que a bateria por alguns segundos, não pudesse ser ouvida. Mas depois, o desfile seguiu normalmente.
- 2013: "Cuiabá: Um Paraíso no Centro da América"
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/10/Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_2013_-_Wigder_Frota.jpg/287px-Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_2013_-_Wigder_Frota.jpg)
Em 2013, após uma eleição conturbada e ainda sem definição, o candidato a reeleição e ainda presidente Ivo Meirelles definiu que o enredo da escola seria a cidade de Cuiabá no Mato Grosso, desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho assim como no ano anterior. Após a grande parada da bateria em 2012, a Mangueira realizou mais uma nova inovação, levou duas baterias para a avenida em 2013, que participaram inclusive do ensaio técnico,[53] além disso a escola levou também dois carros de som, o primeiro sendo comandado por Luizito, Zé Paulo e Ciganerey e o segundo por Agnaldo Amaral. Neste ano, a escola apresentou um bom desfile, carros e fantasias muito bem acabados, como há muito tempo não se via na Mangueira, apesar do atraso de seis minutos causado por um erro no último carro alegórico, que trazia uma borboleta gigante que a princípio, daria uma volta na torre onde ficam os jornalistas, localizada quase no final da avenida, mas um problema na manipulação das barras que sustentavam a borboleta, fez com que ela se chocasse com a torre, o problema só foi resolvido depois, com a ajuda dos próprios jornalistas, que empurraram as barras para que o carro pudesse continuar o trajeto na avenida, com esse problema, a Mangueira perdeu seis décimos, um por minuto, sendo que a escola encerraria seu desfile com um minuto de atraso devido ao tamanho das baterias, quantidade componentes e carros, mas ainda ficou durante cinco minutos com o carro preso na torre. A comissão de frente trazia índias, bandeirantes e ainda uma homenagem ao mestre Delegado, falecido no final do ano anterior.
- 2014: "A Festança Brasileira Cai no Samba da Mangueira"
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fa/Carnaval_do_Rio_de_Janeiro_2014_%E2%80%93_A.T.FOTOGRAFIA_014030303.jpg/307px-Carnaval_do_Rio_de_Janeiro_2014_%E2%80%93_A.T.FOTOGRAFIA_014030303.jpg)
Em seu aniversário de 85 anos - 28 de abril de 2013 - a escola passou pelo processo eleitoral que vinha adiado desde 2012 para eleição seu novo presidente, já que Ivo Meirelles não foi candidato á reeleição. Nessa eleição foi eleito o Deputado Chiquinho da Mangueira[54] para o período até 2016. Além da mudança na presidência, para o carnaval de 2014 a Mangueira mudou também a composição do casal de mestre-sala e porta bandeira e o carnavalesco, já Marcella Alves foi para o Salgueiro e Cid Carvalho se dirigiu para a Unidos de Vila Isabel respectivamente; para substituir Cid foi contratada a veterana carnavalesca Rosa Magalhães, então campeã do carnaval e para a composição do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael que antes teria saído da escola, está mantido no cargo e agora fará par com Squel;[55] Luizito foi mantido como interprete oficial, contando com Eraldo Caê que retorna a agremiação como interprete de apoio; chegou a ser especulado também o nome do consagrado interprete Preto Jóia,[56] que entretanto acabou não acertando com a agremiação.
O enredo escolhido para carnaval foi "A festança brasileira cai no samba da Mangueira" de autoria da carnavalesca e da própria escola. A Mangueira foi quarta escola a desfilar no domingo de carnaval e apresentou um desfile leve, colorido e com uma qualidade plástica que a muito não se via na escola, entretanto com erros que custaram lhe pontos consideráveis na apuração, dentre eles, o acidente com o quinto carro da escola, O ritual da Pajelança, alusivo ao Festival de Parintins, que devido à sua altura acabou preso na torre de televisão e teve parte de uma escultura quebrada para poder prosseguir para a dispersão; a escola, ao contrario do ano anterior que contou com um infortúnio parecido, conseguiu passar dentro do tempo previsto no regulamento (82 minutos), mas a colocação foi a mesma.
- 2015: "Agora Chegou a Vez Vou Cantar: Mulher de Mangueira, Mulher Brasileira em Primeiro Lugar!"
Para 2015 a escola acertou o retorno do carnavalesco Cid Carvalho, que desenvolveu o enredo "Agora chegou a vez, vou cantar: Mulher de Mangueira, Mulher brasileira em primeiro lugar!", uma homenagem às mulheres brasileiras e as baluartes da escola. O desfile, que ocorreu sob chuva, foi considerado abaixo do esperado pela crítica especializada e na apuração, os problemas enfrentados em fantasias, alegorias, comissão de frente, bateria e evolução deram origem a um 10º lugar, a exemplo de 2008 quando enfrentou situação parecida.
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/30/Leandro_Vieira_carnavalesco_da_Mangueira.jpg/240px-Leandro_Vieira_carnavalesco_da_Mangueira.jpg)
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7d/Mangueira_encerra_o_desfile_das_campe%C3%A3s_2016_18.jpg/240px-Mangueira_encerra_o_desfile_das_campe%C3%A3s_2016_18.jpg)
Após um 10º lugar em 2015, a direção da escola realizou novas mudanças em seu quadro. O carnavalesco Cid Carvalho mais uma vez saiu da escola de maneira polêmica, sendo desta vez substituído por Leandro Vieira, estreante no Grupo Especial como carnavalesco, vindo da Caprichosos de Pilares na Série A. Com a saída de Carlinhos de Jesus, a comissão de frente passou a ser comandada por Júnior Scapin, também vindo da Série A. Durante a preparação para o carnaval de 2016, a escola perdeu seu intérprete Luizito, que morreu em 6 de setembro vítima de um infarto.[57] Quem assumiu o posto de intérprete da Mangueira foi Ciganerey, cantor de apoio da escola desde 2009. A Mangueira apresentou com o enredo: "Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oiá", desenvolvido por Leandro Vieira, a escola foi a última a desfilar na segunda-feira de carnaval. Após um desfile arrebatador, sucesso de público e crítica, a escola ganhou o Estandarte de Ouro de Melhor Escola. Ao fim do desfile, o público das arquibancadas e frisas seguiu a escola pela avenida, como há tempos não acontecia de maneira tão efusiva, fazendo com que a escola utilizasse de um cordão de isolamento. O desfile apresentado foi plasticamente excelente, o que há muito tempo não se via na Mangueira. Um dos carros trouxe inúmeros artistas e personalidades que foram homenagear Maria Bethânia, como o irmão Caetano Veloso que veio em posição de destaque, além de Vanessa da Mata, Regina Casé, Mart'nália, Moacyr Luz, Ricardo Cravo Albin, Leda Nagle e Ana Carolina. No segundo carro da escola, que representava a fé católica de Bethânia, a destaque era Beth Carvalho, que há três anos não desfilava na escola por problemas de saúde. Além de Beth, outro ilustre mangueirense veio em posição de destaque, o presidente de honra da escola, Nelson Sargento, veio representando um ancestral africano, num trono na posição de destaque central do carro abre-alas, envolto aos búfalos de Iansã. A Mangueira veio recheada de artistas, algo incomum na escola, e chegou ao final do desfile sob gritos de "É campeã!". Após uma disputa apertada com Unidos da Tijuca, Portela e Salgueiro, a verde e rosa sagrou-se campeã do carnaval após 14 anos de jejum.
- 2017: "Só com a Ajuda do Santo"
Para o carnaval de 2017, a escola perdeu o diretor de carnaval Junior Schall e o mestre-sala Raphael, ambos migraram para a Vila Isabel. A escola promoveu seu segundo mestre-sala, Matheus Olivério, para formar par com Squel. Devido a efetivação, Matheus teve que se desligar da Unidos do Viradouro, aonde atuaria como primeiro mestre-sala. Apesar das baixas, o restante da equipe teve o contrato renovado após a reeleição de Chiquinho da Mangueira para a presidência da escola, que teve como enredo "Só com a ajuda do santo" que apresentou a forma particular com que o brasileiro lida com a religiosidade. O desfile, cativou o público e a crítica especializada e a Mangueira recebeu o prêmio Estandarte de Ouro de melhor escola, no entanto um problema na Evolução e notas baixas no quesito Comissão de Frente, deram a escola um 4º lugar.
- 2018: "Com Dinheiro ou Sem Dinheiro, Eu Brinco!"
No carnaval de 2018, a verde e rosa levou para a avenida o enredo "Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco!" que dá uma resposta crítica e direta ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que anunciou em 12 de junho de 2017 que cortaria pela metade a verba dos desfiles das escolas de samba a fim de repassar verbas para a educação, além de apontar ao caráter festivo e revolucionário do carnaval. Na apuração, a escola sai com a quinta posição.
- 2019: "História pra Ninar Gente Grande"
Após o carnaval, a escola promove mudanças em alguns quadros, como a contratação do intérprete Marquinho Art'Samba e dos coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, além da efetivação de Wesley do Repique como mestre de bateria. Para 2019, a Mangueira apresenta o enredo "História Pra Ninar Gente Grande", que exalta heróis esquecidos pela história do Brasil vindos das camadas populares, como Cunhambebe, Maria Filipa de Oliveira e Chico da Matilde.[58][59] Com um desfile considerado arrebatador e o samba-enredo, que em sua letra citava a vereadora carioca Marielle Franco, aclamado por público e crítica, a escola conquistou seu vigésimo título obtendo pontuação máxima (270).
Década de 2020
[editar | editar código-fonte]- 2020: "A Verdade Vos Fará Livre"
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f2/GRES_Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_24-02-2020_%2852841796738%29.jpg/300px-GRES_Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_24-02-2020_%2852841796738%29.jpg)
Para o carnaval de 2020, a escola manteve a equipe campeã de 2019. O enredo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira apresentou uma releitura crítica da vida de Jesus Cristo, fazendo analogias à sociedade contemporânea.[60] Após dois anos cortando a verba pela metade, o prefeito Marcelo Crivella decidiu cortar integralmente a subvenção das escolas que desfilam no Sambódromo.[61] A Mangueira foi a terceira escola a se apresentar na primeira noite do Grupo Especial. Um dos destaques do desfile foi a alegoria "O Calvário", que tinha uma grande escultura de um menino negro crucificado, com diversas marcas de balas de tiro pelo corpo, representando a morte de inocentes nas favelas cariocas.[62] A rainha de bateria, Evelyn Bastos, representou Jesus mulher e optou por não sambar durante o desfile.[63] A comissão de frente, que representou Jesus dançando funk e sofrendo repressão policial, recebeu diversos prêmios, como Tamborim de Ouro, Estrela do Carnaval e S@mba-Net. A escola obteve a sexta colocação do carnaval, se classificando para o Desfile das Campeãs.[64]
- 2021/2022: "Angenor, José e Laurindo"
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a6/GRES_Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_22-04-2022_%2852841545779%29.jpg/300px-GRES_Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_22-04-2022_%2852841545779%29.jpg)
Por causa do avanço da Pandemia de COVID-19 em todo o mundo, o desfile das escolas de samba de 2021 foi cancelado, sendo a primeira vez, desde a criação do concurso, em 1932, que o evento não foi realizado.[65][66] Em maio de 2021 o compositor e presidente de honra da Mangueira, Nelson Sargento, morreu de COVID aos 96 anos.[67] Compositor com mais sambas na história da Mangueira, Hélio Turco foi empossado como novo presidente de honra da escola.[68] Com o agravamento da pandemia, as escolas paralisaram as atividades presenciais nas quadras e barracões, mas seguiram se programando para o desfile futuro. Para o carnaval de 2022, Leandro Vieira desenvolveu um enredo em homenagem à três importantes personalidades da Mangueira: o cantor e compositor Cartola, morto em 1980; o intérprete Jamelão, morto em 2008; e o mestre-sala Delegado, morto em 2012. O título do enredo ("Angenor, José e Laurindo") faz referência aos nomes de batismo dos homenageados: Angenor de Oliveira (Cartola), José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão) e Hélio Laurindo da Silva (Mestre Delegado).[69] Com o retorno de Eduardo Paes à Prefeitura do Rio de Janeiro, a subvenção voltou a ser paga às agremiações.[70] No final de 2021, com a campanha de vacinação contra a COVID e a diminuição de mortes pela doença, as escolas retomaram os ensaios para o carnaval de 2022.[71] Com o aumento dos casos de COVID no país devido ao avanço da variante Ómicron, o desfile das escolas de samba que ocorreriam no carnaval de 2022 foram adiados para abril do mesmo ano, durante o feriado de Tiradentes.[72] A Mangueira foi a segunda escola a se apresentar na primeira noite do Grupo Especial. Um dos destaques do desfile foi a comissão de frente, coreografada por Priscilla Mota e Rodrigo Negri, em que dançarinos caracterizados de Cartola, Jamelão e Delegado, trocavam de roupa em fração de segundos.[73] A comissão foi a mais premiada do ano, recebendo prêmios como o Estandarte de Ouro, S@mba-Net, Sambario, SRzd e Troféu Tupi.[74][75][76][77] O intérprete Marquinhos Art’Samba passou mal durante o desfile e foi atendido por bombeiros em cima do carro de som, mas continuou sua apresentação.[78] A escola se classificou em sétimo lugar no carnaval, ficando de fora do Desfile das Campeãs, algo que não acontecia desde 2015.[79]
- 2023: "As Áfricas que a Bahia Canta"
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ab/G.R.E.S._Mangueira_2023_%2852811153695%29.jpg/249px-G.R.E.S._Mangueira_2023_%2852811153695%29.jpg)
Para o carnaval de 2023, a Mangueira teve diversas alterações em seus quadros. Leandro Vieira se desligou da escola, após seis carnavais na agremiação. A escola também perdeu os coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, que se transferiram para a Viradouro. A porta-bandeira Squel decidiu se aposentar do carnaval.[80] Para seu lugar, foi contratada a porta-bandeira Cintya Santos, que estava na Unidos do Porto da Pedra.[81] A Mangueira elegeu Guaynara Firmino como sua nova presidente e contratou Annik Salmon (que estava no Porta da Pedra) e Guilherme Estevão (que estava no Império da Tijuca) como seus novos carnavalescos.[82] Claudia Mota foi contratada para coreografar a comissão de frente.[83] A escola também efetivou seu cantor de apoio, Dowglas Diniz, como intérprete oficial junto a Marquinho Art'Samba.[84] A bateria passou a ser comandada por Rodrigo Explosão e Taranta Neto.[85] A escola também contratou novos diretores de carnaval, de harmonia e de barracão.[86] O enredo escolhido para 2023 abordou a música baiana sob a perspectiva de instituições afro-brasileiras pouco difundidas nas construções cronológicas do carnaval, como os cortejos pré e pós abolição da escravatura, os cucumbis e os clubes negros, além dos embates contra intolerância religiosa e racial dos afoxés, as denúncias de desigualdade social por arte dos blocos afros e a expansão da "afrobaianidade" pelos cantores de axé, destacando o protagonismo feminino na luta contra intolerância e o racismo e pelo fortalecimento da identidade afro-brasileira.[87] A Mangueira fechou a primeira noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Com o melhor samba do ano, a escola contou com uma Sapucaí lotada. Fez um belíssimo desfile e chegou à dispersão aos gritos de "É campeã".[88] Na quarta-feira de cinzas, porém, a escola perdeu pontos preciosos em Alegorias e Adereços e Comissão de Frente, dando adeus ao sonhado título. No entanto, a presidente Guaynara Firmino fez questão de levar o troféu de 5º lugar para sua comunidade.
- 2024: "A Negra Voz do Amanhã"
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6d/Alcione_na_Mangueira.jpg/300px-Alcione_na_Mangueira.jpg)
Para o carnaval de 2024 a Mangueira escolheu um enredo em homenagem aos cinquenta anos de carreira da cantora Alcione, torcedora mangueirense e fundadora da escola mirim Mangueira do Amanhã.[89] A coreógrafa da Comissão de Frente, Cláudia Mota, não teve seu contrato renovado, sendo substituída pelos coreógrafos Lucas Maciel e Karina Dias, que estavam no Paraíso do Tuiuti.[90] Em junho de 2023 morreu Hélio Turco, presidente de honra e o maior vencedor de samba-enredo da escola. Para sucedê-lo, Eli Gonçalves da Silva, conhecida como Chininha, foi eleita presidente de honra da agremiação, tornando-se a primeira mulher a receber essa honraria. Chininha já havia feito história ao assumir a presidência da escola em 2008.[91] A Mangueira foi a quarta escola a se apresentar na segunda noite do Grupo Especial de 2024.[92][93] O desfile teve a presença de diversos famosos, como Maria Bethânia, Taís Araújo, Lázaro Ramos, Altay Veloso, Elymar Santos, Zeca Baleiro, entre outros. Aos 76 anos de idade, Alcione desfilou como destaque na última alegoria.[94] Especialistas elogiaram o desfile, mas apontaram erros de evolução e problemas de acabamento nas alegorias.[95][96] No terceiro carro alegórico, uma escultura de Alcione desfilou com a cabeça quebrada sendo segurada por um aderecista da escola.[97] Na dispersão, com o desfile encerrado, parte da última alegoria desabou, derrubando uma mulher e atingindo outra.[98] Com pontos perdidos em Alegorias, Evolução, Enredo e Fantasias, a Mangueira se classificou em sétimo lugar, ficando de fora do Desfile das Campeãs.[99] A escola foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor bateria, o terceiro em sua história.[100] Após o carnaval, a agremiação dispensou os carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão.[101]
- "À Flor da Terra - No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões"
Para o carnaval de 2025, a Mangueira contratou o carnavalesco multicampeão do carnaval de São Paulo, Sidney França, que desenvolveu o enredo "À Flor da Terra - No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões", sobre a historicidade da população preta na região da Pequena África, na Zona Central do Rio de Janeiro.[102] Será o primeiro desfile de Sidney no carnaval do Rio.[103]
Carnavais
[editar | editar código-fonte]Estação Primeira de Mangueira | |||||
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Ano | Colocação | Divisão | Enredo | Carnavalesco | Ref. |
1932 | Campeã | Grupo Único | "Sorrindo ou Na Floresta" | Diretoria da escola | [104][105] |
1933 | Campeã | Grupo Único | "Uma Segunda-feira no Bonfim da Bahia" | Pedro Palheta e Maçu da Mangueira | [106][105] |
1934 | Campeã | Grupo Único | "Divina Dama - República da Orgia" | Diretoria da escola | [107][105] |
1935 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "O Regresso de Uma Colheita na Primavera" | Diretoria da escola | [108][109] |
1936 | Vice-campeã | Desfile Oficial | (Não houve enredo) | Diretoria da escola | [110][109] |
1937 | A Polícia não permitiu que a escola desfilasse, pois o evento havia ultrapassado o horário previamente estabelecido | [111][109] | |||
1938 | Não houve julgamento | Desfile Oficial | "Homenagem" | Sr. Armando | [112][109] |
1939 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "No Jardim" | Sr. Armando | [113][109] |
1940 | Campeã | Desfile Oficial | "Prantos, Pretos e Poetas" | Sr. Armando | [114][109] |
1941 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "Pedro Ernesto" | Sr. Armando | [115][109] |
1942 | 3.º Lugar | Desfile Oficial | "A Vitória do Samba nas Américas" | Sr. Armando | [116][109] |
1943 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "Samba no Palácio Itamaraty" | Sr. Armando | [117][109] |
1944 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "Glória ao Samba" | Sr. Armando | [118][109] |
1945 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "A Nossa História" | Sr. Armando | [119][109] |
1946 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "Carnaval da Vitória" | Sr. Armando | [120][109] |
1947 | Vice-campeã | Desfile Oficial | "Brasil, Ciências e Artes" (Samba-enredo composto por Carlos Cachaça e Cartola) |
Sr. Armando | [121][109] |
1948 | 4.º Lugar | Desfile Oficial | "Vale de São Francisco" (Samba-enredo composto por Carlos Cachaça e Cartola) |
Sr. Armando | [122][109] |
1949 [nota 2] |
Campeã | Grupo 1 | "Apologia aos Mestres" (Samba-enredo composto por Alfredo Português e Nelson Sargento) |
Funcionários da Casa da Moeda | [123][109] |
1950 [nota 3] |
Campeã | Grupo 1 | "Plano SALTE - Saúde, Lavoura, Transporte e Educação" (Samba-enredo composto por Alfredo Português e Nelson Sargento) |
Funcionários da Casa da Moeda | [124][125] |
1951 [nota 4] |
3.º Lugar | Grupo 1 | "Unidade Nacional" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos e Pelado da Mangueira) |
Funcionários da Casa da Moeda | [126][125] |
1952 | Resultado não divulgado | Grupo 1 | "Sonhos de Um Poeta - Visões de Gonçalves Dias" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos, Padeirinho e Pelado da Mangueira) |
Funcionários da Casa da Moeda | [127][125] |
1953 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Unidade do Brasil" | Funcionários da Casa da Moeda | [128][125] |
1954 | Campeã | Grupo 1 | "Rio de Janeiro de Ontem e de Hoje" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos e Pelado da Mangueira) |
Funcionários da Casa da Moeda | [129][125] |
1955 | Vice-campeã | Grupo 1 | "As Quatro Estações do Ano ou Cântico à Natureza" (Samba-enredo composto por Alfredo Português e Nelson Sargento) |
Funcionários da Casa da Moeda | [130][125] |
1956 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Exaltação à Getúlio Vargas - Emancipação Nacional" (Samba-enredo composto por Oswaldo Vitalino, "Padeirinho") |
Funcionários da Casa da Moeda | [131][125] |
1957 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Brasil Rumo ao Progresso" (Samba-enredo composto por Jorge Zagaia e Leléo) |
Funcionários da Casa da Moeda | [132][125] |
1958 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Poema Inolvidável ou Canção do Exílio" (Samba-enredo composto por Jorge Zagaia e Leléo) |
Funcionários da Casa da Moeda | [133][125] |
1959 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "O Brasil Através dos Tempos" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos, Hélio Turco e Pelado) |
Armando Silva | [134][125] |
1960 | Campeã | Grupo 1 | "Carnaval de Todos os Tempos" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos, Hélio Turco e Pelado) |
Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | [135][125] |
1961 | Campeã | Grupo 1 | "Reminiscências do Rio Antigo" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos, Hélio Turco e Pelado) |
Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | [136][125] |
1962 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Casa Grande e Senzala" (Samba-enredo composto por Comprido, Jorge Zagaia e Leléo) |
Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | [137][125] |
1963 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Exaltação à Bahia" (Samba-enredo composto por Cícero dos Santos, Hélio Turco e Pelado) |
Júlio Mattos | [138][125] |
1964 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "História de Um Preto Velho" (Samba-enredo composto por Comprido, Hélio Turco e Pelado) |
Júlio Mattos | [139][125] |
1965 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Rio Através dos Séculos" (Samba-enredo composto por Comprido, Hélio Turco e Pelado) |
Júlio Mattos | [140][125] |
1966 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Exaltação à Villa-Lobos" (Samba-enredo composto por Jurandir e Cláudio) |
Júlio Mattos | [141][125] |
1967 | Campeã | Grupo 1 | "O Mundo Encantado de Monteiro Lobato" (Samba-enredo composto por Batista da Mangueira, Darcy da Mangueira e Luiz) |
Júlio Mattos | [142][125] |
1968 | Campeã | Grupo 1 | "Samba, Festa de Um Povo" (Samba-enredo composto por Batista da Mangueira, Darcy da Mangueira, Dico e Hélio Turco) |
Júlio Mattos | [143][125] |
1969 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Mercadores e Suas Tradições" (Samba-enredo composto por Darcy da Mangueira, Hélio Turco e Jurandir) |
Júlio Mattos | [144][145] |
1970 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Um Cântico à Natureza" (Samba-enredo composto por Aílton, Dilmo e Nei) |
Júlio Mattos | [146][144] |
1971 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Os Modernos Bandeirantes" (Samba-enredo composto por Darcy da Mangueira, Hélio Turco e Jurandir) |
Júlio Mattos e Carlinhos Sideral | [147][144] |
1972 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Carnaval dos Carnavais" (Samba-enredo composto por Moacir, Nílton Russo e Padeirinho) |
Júlio Mattos e Pedro Paulo Lopes | [144][148] |
1973 | Campeã | Grupo 1 | "Lendas do Abaeté" (Samba-enredo composto por Jajá, Manuel e Preto Rico) |
Júlio Mattos | [149][144] |
1974 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Mangueira em Tempo de Folclore" (Samba-enredo composto por Jajá, Manuel e Preto Rico) |
Júlio Mattos | [150][144] |
1975 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Imagens Poéticas de Jorge de Lima" (Samba-enredo composto por Delson, Mozart e Tolito) |
Alcione Barreto, Elói Machado e José Rodrigues | [151][144] |
1976 | Vice-campeã | Grupo 1 | "No Reino da Mãe do Ouro" (Samba-enredo composto por Tolito e Rubem da Mangueira) |
Elói Machado | [152][144] |
1977 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "Parapanã, o Segredo do Amor" (Samba-enredo composto por Jajá e Tantinho) |
Júlio Mattos e Ricardo Carneiro Aquino | [153][144] |
1978 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Dos Carroceiros do Imperador ao Palácio do Samba" (Samba-enredo composto por Rubem da Mangueira e Jurandir) |
Júlio Mattos e Kalma Murtinho | [154][144] |
1979 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Avatar… e a Selva Transformou-se em Ouro" (Samba-enredo composto por Ananias, Elmo José dos Santos e Tolito) |
Júlio Mattos | [155][144] |
1980 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Coisas Nossas" (Samba-enredo composto por Aylton da Mangueira, Carlos Roberto e Ney da Mangueira) |
Liana Silveira e Érica Cirne | [156][144] |
1981 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "De Nonô a JK" (Samba-enredo composto por Arroz, Comprido e Jurandir) |
Alcione Barreto e Elói Machado | [157][144] |
1982 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "As Mil e Uma Noites Cariocas" (Samba-enredo composto por Flavinho Machado, Heraldo Faria e Tolito) |
Fernando Pinto | [158][144] |
1983 | 5.º Lugar | Grupo 1 | "Verde que Te Quero Rosa… Semente Viva do Samba" (Samba-enredo composto por Flavinho Machado, Geraldo Neves e Heraldo Faria) |
Max Lopes | [159][144] |
1984 [nota 5] |
Campeã | Grupo 1A (Segunda-feira) |
"Yes, Nós Temos Braguinha" (Samba-enredo composto por Arroz, Comprido, Hélio Turco, Jajá e Jurandir) |
Max Lopes | [160][161][162] |
Supercampeã | Super-campeonato | ||||
1985 | 9.º Lugar | Grupo 1A | "Abram Alas que Eu Quero Passar - Chiquinha Gonzaga" (Samba-enredo composto por Darcy da Mangueira, Hélio Turco e Jurandir) |
Elói Machado | [163][164] |
1986 | Campeã | Grupo 1A | "Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira Têm" (Samba-enredo composto por Ivo Meirelles, Lula e Paulinho) |
Júlio Mattos | [165][164] |
1987 | Campeã | Grupo 1 | "No Reino das Palavras, Carlos Drummond de Andrade" (Samba-enredo composto por Bira do Ponto, Rody e Verinha) |
Júlio Mattos | [166][164] |
1988 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão?" (Samba-enredo composto por Alvinho, Hélio Turco e Jurandir) |
Júlio Mattos | [167][164] |
1989 | 11.º Lugar | Grupo 1 | "Trinca de Reis" (Samba-enredo composto por Adilson do Violão, Fandinho e Ney) |
Júlio Mattos | [168][164] |
1990 | 8.º Lugar | Especial | "E Deu a Louca no Barroco" (Samba-enredo composto por Alvinho, Hélio Turco e Jurandir) |
Ernesto Nascimento e Fábio Borges | [169][164] |
1991 | 12.º Lugar | Especial | "As Três Rendeiras do Universo" (Samba-enredo composto por Alvinho, Hélio Turco e Jurandir) |
Ernesto Nascimento | [170][164] |
1992 | 6.º Lugar | Especial | "Se Todos Fossem Iguais a Você - Tom Jobim" (Samba-enredo composto por Alvinho, Hélio Turco e Jurandir) |
Ilvamar Magalhães | [171][164] |
1993 | 5.º Lugar | Especial | "Dessa Fruta Eu Como Até o Caroço" (Samba-enredo composto por Bira do Ponto, Carlos Senna, Dirceu, Gustavo, Preto e Verinha) |
Ilvamar Magalhães | [172][164] |
1994 | 11.º Lugar | Especial | "Atrás da Verde e Rosa Só não Vai Quem Já Morreu" (Samba-enredo composto por Carlos Senna, David Corrêa, Fernando de Lima e Paulinho de Carvalho) |
Ilvamar Magalhães | [173][164] |
1995 | 6.º Lugar | Especial | "A Esmeralda do Atlântico" (Samba-enredo composto por Fernando de Lima, Paulinho de Carvalho, Rody e Verinha) |
Ilvamar Magalhães | [174][164] |
1996 | 4.º Lugar | Especial | "Os Tambores da Mangueira na Terra da Encantaria" (Samba-enredo composto por Chiquinho Campo Grande e Marcondes) |
Oswaldo Jardim | [175][164] |
1997 | 3.º Lugar | Especial | "O Olimpo É Verde e Rosa" (Samba-enredo composto por Chiquinho Campo Grande, Jorge Magalhães e Leque) |
Oswaldo Jardim | [176][164] |
1998 | Campeã (Junto com a Beja-Flor) |
Especial | "Chico Buarque da Mangueira" (Samba-enredo composto por Carlinhos das Camisas, Nelson Csipai, Nelson Dalla Rosa e Herivaldo Martins Vilas Boas) |
Alexandre Louzada | [177][164] |
1999 | 7.º Lugar | Especial | "O Século do Samba" (Samba-enredo composto por Adalberto, Jerônimo e Jocelino) |
Alexandre Louzada | [178][164] |
2000 | 7.º Lugar | Especial | "Dom Obá II - Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo" (Samba-enredo composto por Bizuca, Gilson Bernini, Marcelo D'Aguiã e Valter Venenoso) |
Alexandre Louzada | [179][164] |
2001 | 3.º Lugar | Especial | "A Seiva da Vida" (Samba-enredo composto por Bizuca, Clóvis Pê, Gilson Bernini e Marcelo D'Aguiã) |
Max Lopes | [180][164] |
2002 | Campeã | Especial | "Brazil com 'Z' É pra Cabra da Peste, Brasil com 'S' É Nação do Nordeste" (Samba-enredo composto por Amendoim e Lequinho) |
Max Lopes | [181][164] |
2003 | Vice-campeã | Especial | "Os Dez Mandamentos! O Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade" (Samba-enredo composto por Bizuca, Clóvis Pê, Gilson Bernini e Marcelo D'Aguiã) |
Max Lopes | [182][164] |
2004 | 3.º Lugar | Especial | "Mangueira Redescobre a Estrada Real… E Deste Eldorado Faz Seu Carnaval" (Samba-enredo composto por Almyr, Cadu, Gabriel e Guilherme) |
Max Lopes | [183][164] |
2005 | 6.º Lugar | Especial | "Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval É Pura Energia e a Energia É o Nosso Desafio" (Samba-enredo composto por Amendoim, Lequinho e Jr. Fionda) |
Max Lopes | [184][164] |
2006 | 4.º Lugar | Especial | "Das Águas do São Francisco, Nasce Um Rio de Esperança" (Samba-enredo composto por Cosminho, Gilson Bernini e Henrique Gomes) |
Max Lopes | [185][164] |
2007 | 3.º Lugar | Especial | "Minha Língua É Minha Pátria, Mangueira, Meu Grande Amor. Meu Samba Vai ao Lácio e Colhe a Última Flor" (Samba-enredo composto por Amendoim, Aníbal, Jr. Fionda e Lequinho) |
Max Lopes | [186][164] |
2008 | 10.º Lugar | Especial | "100 Anos do Frevo, É de Perder o Sapato. Recife Mandou Me Chamar…" (Samba-enredo composto por Aníbal, Francisco do Pagode, Jr. Fionda, Lequinho e Silvão) |
Max Lopes | [187][164] |
2009 | 6.º Lugar | Especial | "A Mangueira traz os brasis do Brasil mostrando a formação do povo brasileiro" (Samba-enredo composto por Gilson Bernini, Gusttavo Clarão, Jr. Fionda e Lequinho) |
Roberto Szaniecki | [188][164] |
2010 | 6.º Lugar | Especial | "Mangueira É Música do Brasil" (Samba-enredo composto por Machado, Paulinho Bandolim, Renan Brandão e Rodrigo Carioca) |
Jaime Cezário e Jorge Caribé | [189][190] |
2011 | 3.º Lugar | Especial | "O Filho Fiel, Sempre Mangueira" (Samba-enredo composto por Aílton Nunes, Alemão do Cavaco, Cesinha Maluco, Pê Santana, Baianinho, José Rifai e Xavier) |
Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves | [190][191] |
2012 | 7.º Lugar | Especial | "Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira!" (Samba-enredo composto por Igor Leal, Jr. Fionda, Lequinho e Paulinho Carvalho) |
Cid Carvalho | [190][192] |
2013 | 8.º Lugar | Especial | "Cuiabá: Um Paraíso no Centro da América" (Samba-enredo composto por Igor Leal, Jr. Fionda, Lequinho e Paulinho Carvalho) |
Cid Carvalho | [190][193] |
2014 | 8.º Lugar | Especial | "A Festança Brasileira Cai no Samba da Mangueira" (Samba-enredo composto por Igor Leal, Jr. Fionda, Lequinho e Paulinho Carvalho) |
Rosa Magalhães | [194][190] |
2015 | 10.º Lugar | Especial | "Agora Chegou a Vez Vou Cantar: Mulher de Mangueira, Mulher Brasileira em Primeiro Lugar!" (Samba-enredo composto por Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Deivid Domênico, Paulinho Bandolim e Renan Brandão) |
Cid Carvalho | [195][190] |
2016 | Campeã | Especial | "Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oyá" (Samba-enredo composto por Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão) |
Leandro Vieira | [196][190] |
2017 | 4.º Lugar | Especial | "Só com a Ajuda do Santo" (Samba-enredo composto por Lequinho, Jr. Fionda, Flavinho Horta, Gabriel Martins e Igor Leal) |
Leandro Vieira | [197][190] |
2018 | 5.º Lugar | Especial | "Com Dinheiro ou sem Dinheiro, Eu Brinco!" (Samba-enredo composto por Lequinho, Júnior Fionda, Alemão do Cavaco, Gabriel Machado, Wagner Santos, Gabriel Martins e Igor Leal) |
Leandro Vieira | [198] |
2019 | Campeã | Especial | "História pra Ninar Gente Grande" (Samba-enredo composto por Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino, Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo) |
Leandro Vieira | [199][200] |
2020 | 6.º Lugar | Especial | "A Verdade Vos Fará Livre" (Samba-enredo composto por Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo) |
Leandro Vieira | [201] |
2021 | Não houve desfile devido a pandemia de Covid-19 | [202] | |||
2022 | 7.º Lugar | Especial | "Angenor, José e Laurindo" (Samba-enredo composto por Moacyr Luz, Pedro Terra, Bruno Souza e Leandro Almeida) |
Leandro Vieira | [203] |
2023 | 5.º Lugar | Especial | "As Áfricas que a Bahia Canta" (Samba-enredo composto por Lequinho, Junior Fionda, Gabriel Machado, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim) |
Annik Salmon e Guilherme Estevão | [204] |
2024 | 7.º Lugar | Especial | "A Negra Voz do Amanhã" (Samba-enredo composto por Lequinho, Junior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim) |
Annik Salmon e Guilherme Estevão | [205] |
2025 | Especial | “À Flor da Terra - No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões” | Sidnei França | [103][102] |
Títulos
[editar | editar código-fonte]A Mangueira possui vinte títulos no carnaval carioca desfilando pelo primeiro grupo (atual Grupo Especial) e foi a campeã do primeiro desfile oficial, realizado em 1932 pelo Jornal "O Mundo Esportivo".[206][207][208] Em 1984, para comemorar a inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, a liga organizadora dos desfiles anunciou que dividiria as quatorze agremiações em dois dias, havendo uma escola campeã no desfile de domingo, e outra campeã no desfile de segunda-feira. E ainda, as melhores colocadas dos dois dias participariam de um desfile extra - um Supercampeonato - a ser realizado no sábado seguinte ao carnaval.[209] A Mangueira foi a escola campeã do desfile de segunda-feira, se classificando para participar do Supercampeonato, vencendo também esta disputa.[209] Por esse motivo, a Mangueira possui dois títulos no carnaval de 1984, sendo campeã e supercampeã do carnaval carioca daquele ano.
Títulos da Estação Primeira de Mangueira | ||||
---|---|---|---|---|
Divisão / Competição | Títulos | Carnavais | Referência | |
![]() |
Grupo Especial | 20 | 1932, 1933, 1934, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984 (campeã), 1984 (supercampeã), 1986, 1987, 1998, 2002, 2016, 2019 | [210][211] |
Premiações
[editar | editar código-fonte]A Mangueira tem uma vasta lista de prêmios recebidos ao longo de sua história. A escola é a maior vencedora do Estandarte de Ouro, considerado o "óscar do carnaval carioca". Também conquistou diversas outras premiações como Tamborim de Ouro; S@mba-Net; Estrela do Carnaval; Prêmio SRzd; entre outros. No ano de 2001, a escola foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.
Segmentos
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c8/Nelson_Sargento.jpg/240px-Nelson_Sargento.jpg)
Presidência
[editar | editar código-fonte]Presidentes | Mandato | Ref. |
---|---|---|
Saturnino Gonçalves | 1928–1935 | [213][214] |
Júlio Dias Moreira | 1935–1937 | |
Agenor Murilo de Castro | 1937–1938 | |
Arlindo Rodrigues | 1938–1940 | |
Francisco Honorato do Nascimento | 1940–1942 | |
Marcelino José Claudino | 1942–1950 | |
Arlindo Maximiano dos Santos | 1950–1952 | |
Macelino José Claudino | 1952–1958 | |
Oswaldo Holanda | 1958–1960 | |
Roberto Paulino | 1960–1962 | |
Manoel Pereira Filho | 1962–1964 | |
Juvenal Lopes | 1964–1970 | |
Djalma dos Santos | 1970–1974 | |
Darque Dias Moreira | 1974–1976 | |
Ubirajara Maximiano Rosário | 1976–1978 | |
Ed Miranda Rosa | 1978–1980 | |
Percival Pires | 1980–1983 | |
Djalma dos Santos | 1983–1986 | |
Carlos Alberto Dória | 1986–1988 | |
Elísio Dória Filho | 1988–1989 | |
José Ananias de Barcelos | 1989–1992 | |
Roberto Firmino dos Santos | 1992–1995 | |
Elmo José dos Santos | 1995–2001 | |
Alvaro Luiz Caetano (Alvinho) | 2001–2006 | |
Percival Pires | 2006–2007 | |
Eli Gonçalves da Silva (Chininha) | 2008–2009 | |
Ivo Meirelles | 2010–2013 | |
Chiquinho da Mangueira | 2013–2018 | [54][215] |
Aramis Santos | 2018–2019 | [216][217] |
Elias Riche | 2019–2022 | [218] |
Guanayra Firmino | 2022 – presente | [219] |
Presidentes de Honra
[editar | editar código-fonte]Entre os ex-ocupantes do cargo de presidente de honra estão Delegado, Roberto Paulino, Jamelão, Carlos Cachaça, Juvenal Lopes, Delegado e Nelson Sargento. Em 2023, Eli Gonçalves da Silva, a Chininha, é acalmada presidenta de honra da Mangueira, tornando-se a primeira mulher a ser agraciada com a honraria.
Presidente de honra | Período | Ref. |
---|---|---|
Juvenal Lopes | 1969-1980 | [220] |
Carlos Cachaça | 1980-1999 | [221] |
Jamelão | 1999-2008 | [222] |
Roberto Paulino | 2008-2011 | [223] |
Delegado | 2011-2012 | [224] |
Nelson Sargento | 2013–2021 | [225] |
Hélio Turco | 2021–2023 | [68][226][227] |
Chininha | 2023–presente | [91] |
Intérpretes
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/08/Jamel%C3%A3o.jpg/220px-Jamel%C3%A3o.jpg)
Intérpretes | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Jamelão | 1949–1984 | [229] |
Jurandir da Mangueira | 1985 | [230] |
Jamelão | 1986–2006 | [229] |
Luizito | 2007–2009 | [231] |
Luizito, Rixxah e Zé Paulo Sierra | 2010 | [231][232][233] |
Luizito, Zé Paulo Sierra e Ciganerey | 2011–2012 | [231][233][234] |
Luizito, Zé Paulo Sierra, Ciganerey e Agnaldo Amaral | 2013 | [231][233][234][235] |
Luizito | 2014–2015 | [231] |
Ciganerey [nota 6] | 2016–2018 | [236] |
Marquinho Art'Samba | 2019–2022 | [237] |
Marquinho Art'Samba e Dowglas Diniz | 2023–presente | [238] |
Comissão de Frente
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/13/Desfile_de_carnaval_na_Sapuca%C3%AD_08.jpg/300px-Desfile_de_carnaval_na_Sapuca%C3%AD_08.jpg)
Coreógrafos(as) | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Moacir de Abreu Castelo Branco | 1990–1991 | [239][240] |
Marília Barbosa | 1992 | [241] |
Moacir de Abreu Castelo Branco | 1993–1994 | [242] |
Deborah Colker | 1995–1997 | [243] |
Carlinhos de Jesus | 1998–2008 | [244][245] |
Janice Botelho | 2009 | [246] |
Jaime Arôxa | 2010–2012 | [247][248] |
Marcelo Chocolate | 2013 | [249] |
Carlinhos de Jesus | 2014–2015 | [250][251] |
Junior Scapin | 2016–2017 | [252] |
Adriana Salomão e Steven Harper | 2018 | [253] |
Priscilla Mota e Rodrigo Negri | 2019–2022 | [254] |
Claudia Mota | 2023 | [83] |
Lucas Maciel e Karina Dias | 2024–presente | [90] |
Mestre-sala e Porta-bandeira
[editar | editar código-fonte]Primeiro casal
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/25/Casal_Mangueira_2024_%2853574391417%29.jpg/299px-Casal_Mangueira_2024_%2853574391417%29.jpg)
Primeiro casal | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Marcelino José Claudino (Maçu) e Raimunda | 1932–1935 | |
Jorge Rasgado e Nininha Chochoba | 1940–1942 | [255][256] |
Delegado e Nininha Chochoba | 1943–1953 | [257][258] |
Delegado e Neide | 1954–1971 | [259][260] |
Zequinha e Neide | 1972 | [261] |
Élcio PV e Neide | 1973 | [262] |
Roxinho e Neide | 1974 | [263] |
Robertinho e Neide | 1975 | [264] |
Roxinho e Neide | 1976–1977 | [265][266] |
Delegado e Neide | 1978–1980 | [267][268] |
Delegado e Mocinha | 1981–1984 | [269][270] |
Lilico e Mocinha | 1985–1988 | [271][272] |
Lilico e Tidinha | 1989–1990 | [273][239] |
Robertinho e Tidinha | 1991 | [240] |
Marquinhos e Ircléia | 1992–1994 | [241][274] |
Marquinhos e Giovanna Justo | 1995–2009 | [243][246] |
Raphael Rodrigues e Marcella Alves | 2010–2013 | [247][249] |
Raphael Rodrigues e Squel Jorgea | 2014–2016 | [250] |
Matheus Olivério e Squel Jorgea | 2017–2022 | [275] |
Matheus Olivério e Cintya Santos | 2023–presente | [81] |
Segundo casal
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dd/Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_2019_-_Wigder_Frota_%284%29.jpg/300px-Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueira_2019_-_Wigder_Frota_%284%29.jpg)
Segundo casal | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Arísio e Mocinha | 1972-1973 | [276][277] |
Robertinho e Mocinha | 1974 | [278] |
Edinho e Mocinha | 1977 | [279] |
Lilico e Mocinha | 1980 | [280] |
Robertinho e Tidinha | 1984 | [281] |
Robertinho e Carla | 1989 | [282] |
Robertinho e Patrícia | 1990 | [283] |
Marquinhos e Ircléia | 1991 | [284] |
Ubirajara e Joceni | 1992-1994 | [285][286] |
Ubiracy Lima (Birinha) e Katia Regina | 1995 | [287] |
Ubiracy Lima (Birinha) e Elaine Fernanda | 1996-2005 | [288][289] |
Matheus Olivério e Débora de Almeida | 2006-2016 | [290][291] |
Renan Oliveira e Débora de Almeida | 2017-presente | [292] |
Bateria
[editar | editar código-fonte]A bateria da Estação Primeira de Mangueira é denominada "Tem que respeitar meu tamborim".[293] Possui dois prêmios Estandarte de Ouro, concebidos pelos carnavais de 1990 e 2011.[294][295]
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/13/Desfile_Mangueira_2015_%28947631%29.jpg/300px-Desfile_Mangueira_2015_%28947631%29.jpg)
Diretores de bateria | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Mestre Waldomiro | 1935–1983 | [296][297] |
Mestre Taranta | 1984–1995 | [243][298] |
Mestre Alcir Explosão | 1996–1998 | [299][244] |
Mestre Russo | 1999–2003 | [300][301] |
Mestre Marrom | 2004–2006 | [302][303] |
Mestre Russo | 2007 | [304] |
Mestre Taranta | 2008–2009 | [245][246] |
Mestre Jaguara Filho | 2010 | [247] |
Mestre Aílton Nunes | 2011–2014 | [305][250] |
Mestres Rodrigo Explosão e Vitor Art | 2015–2018 | [251] |
Mestre Wesley do Repique | 2019–2022 | [306] |
Mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto | 2023–presente | [85] |
Rainhas
[editar | editar código-fonte]![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/22/Evelyn_Bastos_%28dsc3077%29.jpg/239px-Evelyn_Bastos_%28dsc3077%29.jpg)
Rainhas de bateria | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Valéria Bastos | 1981–1983 | [307][308] |
Valéria Bastos | 1987–1989 | [308] |
Janaína Parente | 1991 | [309] |
Viviane Vaz | 1993 | [310] |
Rose Nascimento | 1994 | [311] |
Viviane Vaz | 1995 | [310] |
Ana Paula Pereira | 1997 | [312] |
Fabiana Oliveira | 1998 | [308] |
Tânia Bisteka | 1999 | [313][314] |
Márcia dos Santos | 2000 | [308] |
Tânia Bisteka | 2001 | [313][314] |
Claudiene Esteves | 2002 | [314][315] |
Fabiana Oliveira | 2003 | [316] |
Fernanda Oliveira | 2004 | [317] |
Amanda Mattos | 2005 | [318] |
Jaqueline Nascimento | 2006 | [319] |
Preta Gil | 2007 | [320] |
Gracyanne Barbosa | 2008–2009 | [321][322] |
Renata Santos | 2010–2012 | [323] |
Gracyanne Barbosa | 2013 | [324] |
Evelyn Bastos | 2014–presente | [307][308] |
Direção de Carnaval
[editar | editar código-fonte]Diretores de carnaval | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Pedro Paulo Lopes | 1985 | [271] |
José Petrus | 1991 | [240] |
Guanayra Firmino dos Santos | 1995 | [243] |
Eli Gonçalves e Percival Pires | 1996–1997 | [299][325] |
Percival Pires | 1998–2001 | [244][326] |
Comissão de Carnaval | 2002–2003 | [327][328] |
Elmo José e Percival Pires | 2004–2006 | [302][303] |
Eli Gonçalves (Chininha) | 2007–2008 | [304][245] |
Celso dos Santos Rodrigues | 2009 | [246] |
Nilcemar Nogueira | 2010 | [247] |
Jeferson Carlos | 2011–2013 | [305][249] |
Comissão de Carnaval | 2014 | [250] |
Júnior Schall | 2015–2016 | [251][252] |
Comissão de Carnaval | 2017–2022 | |
Amauri Wanzeler | 2023–2024 | [86] |
Dudu Azevedo | 2025– | [329] |
Direção de Harmonia
[editar | editar código-fonte]Diretores de harmonia | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Xangô da Mangueira | 1952–2008 | [245][330] |
Sérgio Lucchesi | 2009 | [246] |
José Carlos Netto | 2010 | [247] |
Dimichel Velasco e José Carlos |
2011–2012 | [305][248] |
Dimichel Velasco e Sérgio Lucchesi |
2013–2014 | [249][331] |
Edson Góes | 2015–2019 | |
Renato Kort | 2020–2022 | [332] |
Helton Dias | 2023–presente | [86] |
Discografia
[editar | editar código-fonte]Além das aparições nos álbuns de sambas-enredos, a Mangueira já lançou os seguintes trabalhos:[333]
- 1964 - Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira
- 1966 - Exaltação à Villa-Lobos - Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira
- 1968 - Mangueira Ao Vivo - Mangueira Escolhe o Samba-Enredo de 1968
- 1975 - História das Escolas de Samba - Mangueira
- 1993 - Escolas de Samba Enredos - Mangueira
- 1999 - Mangueira - Sambas de Terreiro e Outros Sambas
- 2006 - Os Sambas da Mangueira
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