A Falconi é uma empresa de consultoria em gestão empresarial fundada em 1984 pelo professor Vicente Falconi, eleito um dos 100 executivos com melhor reputação no Brasil ^[1] e uma das "21 vozes do século XXI", segundo a American Society for Quality. ^[2] A empresa é considerada líder do setor no Brasil.^[3]

A trajetória da Falconi começa na década de 1980, na Fundação Christiano Ottoni, ligada à Universidade Federal de Minas Gerais. Na instituição, o professor Vicente Falconi prestava consultoria visando o aumento de produtividade de empresas. ^[4]

Foi ele quem trouxe para o Brasil o conceito de gestão da qualidade total, que se tornaria sinônimo de eficiência. ^[5] Por meio de convênio patrocinado pelo Governo brasileiro junto à União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE), o professor visitou empresas do país asiático que aplicavam esses princípios de gestão, além de receber delegações de executivos. ^[4]

Em 1998, a consultoria deixou de ter vínculos com a UFMG e em 2003 adotou o nome Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) ^{[5] [6]}, que utilizou até outubro de 2012. Nesse ano, com mudança de gestão e estrutura societária, passou a se chamar Falconi Consultores de Resultado, época que marcou o início da internacionalização da companhia ^[7], culminando na abertura de seu mais recente escritório, em Chicago, no final de 2022.

Com a marca simplificada para Falconi a partir de 2018, quando seu comando passou à engenheira Viviane Martins, a consultoria passou a expandir seu escopo e diversificar sua atuação em outros negócios B2B correlatos. Passou a contar também com uma unidade de negócios especializada em gestão de empresas de médio porte, a MID, assim como uma especializada em agronegócio.

Período marcado por forte advocacia em prol de iniciativas ligadas sobretudo à diversidade e inclusão, sob a gestão de Martins a Falconi se tornou signatária do Pacto Global da ONU, colaborando ativamente no Brasil para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela entidade. Também foi marcado pela contratação para suas vice-presidências técnicas, até então exercidas por consultores, de executivos do mercado como Breno Barros (Tecnologia), Suzane Veloso (Marketing) e Renata Theil (Finanças).^[8]

Nesse período, a consultoria também investiu em startups, lançando plataformas como a Dahdos, voltada a gestão de pessoal a partir de Data Analytics, e a H:Data, de gestão hospitalar. Também lançou a FRST, para a qualificação de profissionais, e adquiriu o controle acionário da Actio, desenvolvedora de softwares para gestão empresarial.

Em 2023, o comando da consultoria passou ao engenheiro gaúcho Alexandre Ribas, na empresa há duas décadas, com Viviane Martins passando a CEO da Falconi Capital, empresa de private equity. O fundador, Vicente Falconi, segue integrando o Conselho de Administração, hoje presidido pelo ex-executivo da Anheuser-Busch InBev Márcio Fróes.

O trabalho da Falconi nasceu da aplicação do método PDCA, ^[4] sigla para Plan (planejar), Do (executar), Check (verificar) and Act (agir), em inglês. O método remete à obra Discurso sobre o método, do filósofo francês René Descartes, de 1637.

No ambiente corporativo, o PDCA tornou-se popular por meio do trabalho do estatístico americano William Edwards Deming. No início da década de 1950, após a Segunda Guerra Mundial, o governo japonês convidou Deming a ajudar o país na reconstrução industrial no cenário do pós-guerra. Com a aplicação dessas técnicas, o Japão se tornou uma potência industrial e um case histórico de produtividade. ^[9]

A Falconi também inovou com a aplicação de outros princípios de administração – como o gerenciamento por diretrizes, que mais tarde se tornaria base para formação e desdobramento de metas nas companhias.

Entre as principais soluções oferecidas hoje pela consultoria estão o FIVE, que incorpora as melhores práticas de alinhamento das metas, definição de incentivos e estruturação da governança para atender às necessidades de organizações em transformação; Process Excellence e ESG, entre outros, além de produtos digitais em modelo recorrente (SaaS - Software as a Service).

Nos últimos anos, a Falconi passou a investir massivamente em tecnologia e no desenvolvimento de soluções proprietárias utilizando inteligência artificial, process mining e análise de dados, que passaram a permear a sua atuação em clientes de diferentes indústrias.

Com experiência de atuação em países de quatro continentes, a Falconi tem presença em mais de 50 segmentos de mercado, tanto no setor público como no privado. No âmbito governamental, a companhia trabalhou em projetos da União e dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco, entre outros.^[7]

Às vésperas de completar 40 anos, a Falconi já treinou mais de 500 mil gestores em seus cursos de formação e nos projetos desenvolvidos, além de ter realizado mais de dez mil projetos no Brasil e em mais de 40 outros países.^[3] Totaliza cerca de 1.200 profissionais, espalhados pela consultoria e demais operações do grupo, como FRST, Trust, Actio e Dayway.

Referências