Régis Gervaix
Régis Gervaix | |
---|---|
Nascimento | 3 de dezembro de 1873 Lantriac |
Morte | 4 de novembro de 1940 (66 anos) Le Puy-en-Velay |
Cidadania | França |
Ocupação | padre, historiador |
Religião | Igreja Católica |
Jean-François-Régis Gervaix (Lantriac (Haute-Loire), 3 de dezembro de 1873 — Le Puy-en-Velay, 4 de novembro de 1940), foi um clérigo missionário católico francês no Extremo Oriente, que se notabilizou como escritor e historiador da cristianização da China. A parte mais importante da obra deste autor foi publicada sob o pseudónimo de Eudore de Colomban, nomeadamente as obras sobre a história de Macau.[1] Foi um grande investigador e divulgador da presença portuguesa no Oriente.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Missionário da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris (Société des missions étrangères de Paris), foi ordenado sacerdote a 24 de setembro de 1898,[1] tendo partido de imediato para Kuantong onde missionou vários anos. Exerceu o apostolado e ensino na China de 1898 a 1936, ano em regressou a França.
Como missionário francês ao serviço da Diocese de Macau, entre 1917 e 1925 foi professor do Seminário de São José. Em 1925 acedeu a um convite para leccionar francês e literatura francesa na Universidade de Pequim, transferindo-se para aquela cidade.
Em Macau era considerado Modelo de virtudes, raro exemplo de infatigável investigador histórico e de gratidão e admiração por Portugal, tendo sido o principal redactor, durante muito tempo, do Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau, tendo ali iniciado a publicação da sua projectada obra sobre a influência portuguesa na China, a qual destinava, por gratidão, à família de Carlos da Maia. Sob o pseudónimo de Gervásio, publicou no jornal O Progresso, logo em 1916 um poema em francês de homenagem a Camilo Pessanha, intitulado Desiludido de Tudo e de Todos!.
A sua obra sobre a história de Macau foi iniciada na sequência da publicação da Portaria n.º 67 de Maio de 1923, do governador Rodrigo José Rodrigues,[2] que abria concurso para a elaboração de um manual de história para ser ensinado nas escolas do território.[3] O concurso durou somente três meses, tempo este insuficiente para uma perfeita coordenação e revisão de trabalhos e estudos de tal interesse segundo o editor do livro, o capitão de Artilharia Jacinto Moura, que informa: Colomban acedeu, por fim, sendo-me, porém, impostas as condições de o aperfeiçoar e de lhe dar o meu nome, sem fazer a mais leve referência ao seu. Se a primeira delas era quase insuperável, a segunda era-me absolutamente impossível aceitar. Colomban, vencido pela amizade, consentiu, por fim que o seu nome ocupasse o devido lugar, cabendo-me a mim não só refundir e aumentar o seu trabalho como todos os encargos e direitos.[3]
Foi colaborador dos periódicos francófonos Le Journal de Pékin, publicado em Beijing, e da revista Les Missions catholiques : bulletin hebdomadaire de l'Oeuvre de la propagation de la foi, publicada em Paris.[1]
Usou como pseudónimos Eudore de Colomban e Coriolis.
Text is available under the CC BY-SA 4.0 license; additional terms may apply.
Images, videos and audio are available under their respective licenses.