Efigénia do Carvalhal
Efigénia do Carvalhal | |
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Nascimento | 16 de março de 1839 Veiga de Lila |
Morte | 22 de janeiro de 1932 (92 anos) Veiga de Lila |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | escritora, poeta, colunista |
Ephigénia do Carvalhal de Sousa Teles Pimentel (Veiga de Lila, 16 de março de 1839 - 22 de janeiro de 1932) foi uma poeta e escritora portuguesa.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu na freguesia de Veiga de Lila, município de Valpaços, filha de Júlio do Carvalhal de Sousa Silveira Teles Pereira e Menezes, militar e político, e de D. Maria da Piedade Ferreira Sarmento Pimentel de Lacerda e Lemos, a primeira de quatro filhos. Os seus irmãos eram D. Maria Adelaide do Carvalhal de Sousa Silveira e Telles Betencourt, D. Beatriz do Carvalhal de Sousa Silveira e Telles Betencourt e César do Carvalhal de Sousa Silveira e Telles Betencourt. A sua família tinha raízes aristocráticas, com membros da Casa Real Portuguesa desde o século XVII, e possuía terras em Veiga de Lila. Era prima em primeiro grau de Álvaro do Carvalhal.[1][2]
O pai lutou ao lado de D. Pedro IV na Guerra Civil Portuguesa, e escrevia para periódicos, dentre os quais se destaca o Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro. Criada num meio rural, Efigénia não tem acesso ao ensino universitário, e torna-se autodidata.[1][2]
Em 1876, Efigénia tornou-se morgada de Nossa Senhora dos Remédios, título que herdou à morte do pai no mesmo ano, e, casou com Francisco Moraes Teixeira Pimentel, morgado do Rio Torto, de quem teve dois filhos que morreram durante a infância.[1][3]
Efigénia colaborou com vários periódicos portugueses, como A Esperança, O Almanaque das Senhoras, e A Crisálida: Jornal de Literatura. Alguns dos artigos publicados em capítulos nestes periódicos foram publicados depois como livros: Clotilde, em 1869 e A Casa Negra, que fora publicado pela primeira vez em 1866. Para além de romance e poesia, publicou também traduções na imprensa periódica portuguesa.[1][3]
Obras
[editar | editar código-fonte]Livros publicados
[editar | editar código-fonte]- 1869 - Clotilde
- A Casa Negra
Publicações em Periódicos
[editar | editar código-fonte]A Esperança - volume I[4]
- Uma esperança desfolhada
- A Nuvem Branca
- Aos anos de meu adorado pai
- Amizade
- Uma saudade
- A Borboleta
- Encantos da Natureza
- O Primeiro de junho
- A um theatro
- Carlos e Laura
A Esperança - volume II
- Clotilde
- A Casa negra
- Adeus
- Duas Palavras de Explicação
Referências
- ↑ a b c d e Cruz, Eduardo da (28 de fevereiro de 2022). Ao Raiar da Aurora: Antologia de narrativas breves de escritoras portuguesas oitocentistas. Andreia Alves Monteiro de Castro, Lauro Fabiano de Souza Carvalho, Fransmar Costa Lima. São Paulo, SP: Editora Liberars
- ↑ a b c Gonçalves, Mayara; Martini, Elisabeth Fernandes (29 de junho de 2023). «A potência invisibilizada de Efigênia do Carvalhal: novas perspectivas sobre a escrita feminina através do conto "A casa negra"». Convergência Lusíada (49): 142–163. ISSN 2316-6134. doi:10.37508/rcl.2023.n49a522. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ a b Gonçalves, Mayara; Martini, Elisabeth Fernandes (13 de novembro de 2023). «A narrativa fantástica dos Carvalhal: aproximações literárias entre "A casa negra e "Os canibais, apagamentos e ressoamentos». Convergência Lusíada (50): 217–237. ISSN 2316-6134. doi:10.37508/rcl.2023.n50a535. Consultado em 17 de março de 2024
- ↑ Costa, Isadora de Mélo (2021). Sincronias impressas entre o Rio de Janeiro e Porto: Um estudo comparado sobre as representações das mulheres no Jornal das Senhoras (Rio de Janeiro; 1852-1855) e a A Esperança (Porto; 1865-1866). Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Ligações externas
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