For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Catulo.

Catulo

Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. Ajude a melhorar este artigo inserindo citações no corpo do artigo. (Novembro de 2010)
Caio Valério Catulo
Catulo
Cátulo e Lésbia, concebidos numa pintura de Lawrence Alma-Tadema (1836-1912)
Nascimento 87 ou 84 a.C.
Verona?
Morte 57 ou 54 a.C. (30 anos)
Ocupação Poeta

Caio Valério Catulo (em latim: Gaius Valerius Catullus; Verona, 87 ou 84 a.C. – 57 ou 54 a.C.) foi um sofisticado e controverso poeta romano durante o final do período republicano.[1]

Catulo se liga a um círculo de poetas de ideais estéticos comuns, os quais Cícero chama de poetas novos (modernos), termo este, carregado de sentido pejorativo. Esse grupo de poetas rompia com o passado literário romano (mitológico), passando, entre outras características, a utilizar uma temática considerada “menor” pelos seus críticos.

Acrescenta-se às características da poesia de Catulo, a linguagem coloquial (Ex. Ineptire, no canto VIII), a simulação frequente de improviso na sintaxe (frases interrompidas por orações paratéticas, repetição de palavras e expressões, movimento circular da elocução), versos ligeiros e a simulação do acesso aos recantos mais íntimos do homem.

Sua obra se perpetuou através dos séculos que se seguiram, foi exemplo para grandes nomes posteriores, como Propércio e Tibulo. Também foi muito lido por poetas como T. S. Eliot e Charles Baudelaire.

Catulo e os poetae novi

[editar | editar código-fonte]
Carmina, 1554

Catulo pertencia a um grupo de poetas denominados poeta novus e a importância dele é fundamental para caracterizarmos esse círculo, uma vez que é de Catulo a única obra que possuímos. Paratore[2] enfatiza a importância e complexidade de nosso poeta no contexto daqueles que modernizaram a literatura:

“Para melhor fixar quanto, em toda esta transformação do gosto, é devido precisamente ao gênio de Catulo (o único poeta novus de quem possuímos a obra) e quanto é devido às tendências herdadas da poesia helenística e difundidas em todo o cenáculo, seria necessário enfrentar o problema das características da elegia helenística: ela limitou-se a cantar histórias lendárias de amor, ou encontros também a força de exprimir, diretamente, os sentidos de cada um dos poetas? ... Só poucos carmina de Catulo testemunham a passagem da elegia, em Roma, do tipo narrativo ao tipo meramente lírico; os carmes de amor, de Catulo, independentemente dos metros em que são compostos, têm predominantemente forma epigramática” (PARATORE, 1987:314-315).[2]

A revolução literária que os poetas novos trouxeram se caracteriza, essencialmente, pelo abandono da poesia épica homérica e enianana sendo substituído pelo gosto por breves versos dedicados a casos célebres de amor do mito (chamado de epílios); pela tendência de temas menores — (como o tema do amor, ou do pardal, como veremos), revelados diretamente ou sob o disfarce dos mitos; pelo cuidado com a técnica. E “o cenáculo dos poetae novi (também) introduz em Roma, definitivamente, o gosto da poesia helenística” (PARATORE, 1987:312).[2]

Catulo, imerso nesse contexto, se deixa levar pelas “seduções” do período helenístico, e com esses elementos ele acaba criando algo bastante moderno: a revolução da poesia Alexandrina. Como diz Paratore sobre Catulo: “o gosto pela “palavra antiga” nota-se, sobretudo, através do estilo dos poetas alexandrinos, curiosos de vocábulos da antiga poesia helênica; por isso, no seu tecido linguistico, o vocábulo antiquado é como que uma pedra preciosa encastoada no elóquio moderno, isto é, não decorre com a frequência sistemática que descobrimos nos escritos doutros literatos, de várias épocas” (PARATORE, 1987:313).[2]

Um famoso poema catuliano é o carme 85, aparentemente um simples dístico elegíaco[3]:

Referências

  1. Catullus, Gaius Valerius; Lafaye, Georges (1922). Poésies; texte établi et traduit par Georges Lafaye. Paris: Les belles lettres. p. v 
  2. a b c d Paratore, Ettore (1987). História da Literatura Latina. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian 
  3. a b Manso, José Henrique (13 de dezembro de 2019). «Odi et amo: consternação e euforia poéticas inspiradas por Catulo». Boletim de Estudos Clássicos (64): 129–146. ISSN 2183-7260. doi:10.14195/2183-7260_64_8. Consultado em 1 de agosto de 2024 
  • Catulo, Caio Valério – O Cancioneiro de Lésbia [trad. e introd. Paulo Sérgio de Vasconcellos]. São Paulo: Editora Hucitec, 1991. ISBN 85-271-0162-9
  • Catulo, Caio Valério – O Livro de Catulo [trad, introd. e notas de João Ângelo Oliva Neto]. São Paulo: EDUSP, 1996. ISBN 85-314-0338-3
  • VEYNE, Paul. A elegia erótica romana. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
  • PARATORE. História da Literatura Latina. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1987.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Catulo
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Catulo
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Catulo
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?