For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Azemiops.

Azemiops

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAzemiops

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Viperidae
Subfamília: Azemiopinae
Liem, Marx, & Rabb, 1971
Género: Azemiops
Boulenger, 1888
Espécies
  • Azemiops feae
  • Azemiops kharini

Azemiopinae é o nome de uma subfamília monogenérica criada para o género Azemiops que inclui as espécies de víboras peçonhentas A. feae e A. kharini.[2] Não são reconhecidas subespécies.[3] O primeiro espécime foi recolhido pelo explorador italiano Leonardo Fea, e foi descrito como um novo género e uma nova espécie por Boulenger em 1888.[4] Anteriormente eram consideradas como sendo das víboras mais primitivas,[5] mas estudos moleculares mostraram que se trata de um táxon irmão das víboras-de-fossetas.[6][7] Podem ser encontradas nas montanhas do Sudeste Asiático[8] na China, sudeste do Tibete e Vietname.[4] Nome comum víboras-de-Fea.[4]

Nenhuma das espécies atinge 1 m de comprimento. Segundo Liem et al. (1971), o comprimento máximo é 77 cm, enquanto Orlov(1997) descreveu um macho e uma fêmea que mediam 72 cm e 78 cm, respectivamente.[4]

Foi considerada o mais primitivo de todos os viperídeos por várias razões. É razoavelmente corpulenta com cauda curta, mas as escamas dorsais são suaves e não enquilhadas como as da maioria das víboras. A cabeça, ligeiramente achatada e de forma mais elíptica que triangular, não está coberta por numerosas escamas pequenas como na maioria das outras víboras, mas sim por grandes escudos como nos colubrídeos e elápidos. Adicionalmente, o crânio está construído de maneira diferente. Possui, no entanto, um par de presas ocas e rotativas, ainda que curtas. As presas apresentam uma crista na ponta a um lado do orifício de descarga, assim como uma estrutura laminar na superfície ventral apenas encontrada em algumas espécies opistóglifas e de Atractaspididae. As glândulas produtoras de toxina são relativamente pequenas. Finalmente, e ao contrário da maioria das víboras, a víbora-de-Fea é ovípara e hiberna durante o inverno.[4]

O padrão de cores da víbora-de-Fea é impactante; no dorso a sua cor corporal básica é um cinza-azulado a preto brilhantes, acentuado por várias bandas transversais espaçadas e estreitas de cor branco-alaranjado. A cabeça é cor de laranja a ligeiramente amarelada com um distinto padrão cruzado delimitado a cinza. Os olhos são amarelados com pupilas verticais.[4] Na zona ventral, predomina o cinza-esverdeado, com pequenas manchas mais claras. O queixo e a garganta são variegados de amarelo.

As suaves escamas dorsais encontram-se arranjadas em 17 linhas a meio-corpo. A placa anal é indivisa, mas as subcaudais apresentam-se em duas filas. A contagem ventral está cerca de 180 e de subcaudais cerca de 40. As internasais e pré-frontais são sub-iguais em comprimento. A frontal é ligeiramente mais larga que comprida, aproximadamente três vezes mais ampla que a supraocular. As parietais são tão longas como a sua distância à ponta do focinho. A escama loreal é pequena, pentagonal. Estão presentes duas ou três pré-oculares e duas pós-oculares assim como duas temporais anteriores sobrepostas, mas apenas a superior em contacto com as pós-oculares. Tem seis labiais superiores, a primeira e a segunda sendo as menores, a terceira entra no olho, e a quinta e a sexta são as maiores. Tem sete labiais inferiores, a primeira é grande e forma uma sutura com a que lhe está adjacente, a segunda é pequena. Tem um par de escudos curtos no queixo.[9]

Distribuição geográfica

[editar | editar código-fonte]

Estas serpentes distribuem-se desde o norte do Vietname, sul da China (Fujian, Guangxi, Jiangxi, Guizhou, Sichuan, Yunnan, Zhejiang), sudeste de Mianmar e sudeste do Tibete. A localidade-tipo é "Kakhien Hills" (Montes Kachin), Mianmar.[10] As duas espécies encontram-se separadas pelo rio Vermelho, com A. kharini a leste e A. feae a oeste.

Encontradas em regiões montanhosas a altitudes de até 1000 m, preferem climas mais frescos, com temperatura média de 20-25 °C. Por vezes são encontradas nas bermas de estradas, em palha e pastagens, campos de arroz, e até em ou próximo de casas. No Vietname, o seu habitat preferido é descrito como sendo florestas de bambú e fetos arbóreos com clareiras, onde o chão da floresta se encontra coberto de vegetação em decomposição, com bastantes afloramentos rochosos e muitos cursos de água, superficiais e subterrâneos. É uma serpente crepuscular e prefere ambientes muito húmidos para abrigar-se.[4]

Comportamento

[editar | editar código-fonte]

Esta serpente apresenta uma característica forma de comportamento ameaçador. Quando perturbada achata o corpo para parecer mais larga, e as suas mandíbulas projetam-se para fora, dando à cabeça normalmente ovoide uma forma triangular. Por vezes faz vibrar a cauda. Em último recurso poderá atacar, podendo ou não usar as suas presas. Ao contrário de Orlov (1997), que diz tratar-se de uma serpente nocturna, Zhao et al. (1981) dizem tratar-se de uma serpente crepuscular, activa desde princípios de março até finais de novembro.[4]

Alimentação

[editar | editar código-fonte]

Aparentemente alimentam-se de pequenos mamíferos. Num espécime imaturo capturado descobriu-se que havia ingerido um musaranho (Crocidura attenuata). Em cativeiro, observa-se que são relutantes no que toca a alimentar-se, mas quando se observaram alimentando-se, comeram ratos recém-nascidos, e apenas à noite. Em várias ocasiões nas quais se observaram enquanto se alimentavam, a presa não foi soltada depois de ser mordida.[4]

O perfil da peçonha da víbora-de-Fea é muito similar áquele da víbora-de-Wagler (Tropidolaemus wagleri).[11] Outro estudo determinou que a actividade enzimática de um extracto da glândula de peçonha de A. feae era similar à das restantes peçonhas viperinas, no entanto, a peçonha de Azemiops não possui actividade coaguladora, hemorrágica ou miolítica. [12]

  1. Lau M, Rao D-q (2012). «Azemiops feae ». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012: e.T190641A1955758. doi:10.2305/IUCN.UK.2012-1.RLTS.T190641A1955758.enAcessível livremente 
  2. Pskhun (18 de julho de 2013). «Species New to Science: [Herpetology • 2013] Azemiops kharini - White-head Burmese Viper • On the Taxonomy and the Distribution of Snakes of the Genus Azemiops Boulenger, 1888 (Ophidia: Viperidae: Azemiopinae): Description of a New Species from northeast Vietnam and southeast China». novataxa.blogspot.com. Consultado em 11 de abril de 2018 
  3. «Azemiops feae » (em inglês). ITIS (www.itis.gov). Consultado em 23 Agosto 2006 
  4. a b c d e f g h i Mallow D, Ludwig D, Nilson G (2003). True Vipers: Natural History and Toxinology of Old World Vipers. Krieger Publishing Company. 359 pp. ISBN 0-89464-877-2.
  5. Mehrtens JM (1987). Living Snakes of the World in Color. New York: Sterling Publishers. 480 pp. ISBN 0-8069-6460-X.
  6. Wüster, Wolfgang; Peppin, Lindsay; Pook, Catharine E; Walker, Daniel E (1 de novembro de 2008). «A nesting of vipers: Phylogeny and historical biogeography of the Viperidae (Squamata: Serpentes)». Molecular Phylogenetics and Evolution (em inglês). 49 (2): 445–459. ISSN 1055-7903. PMID 18804544. doi:10.1016/j.ympev.2008.08.019 
  7. Alencar, Laura RV; Quental, Tiago B; Grazziotin, Felipe G; Alfaro, Michael L; Martins, Marcio; Venzon, Mericien; Zaher, Hussam (1 de dezembro de 2016). «Diversification in vipers: Phylogenetic relationships, time of divergence and shifts in speciation rates». Molecular Phylogenetics and Evolution (em inglês). 105: 50–62. ISSN 1055-7903. PMID 27480810. doi:10.1016/j.ympev.2016.07.029 
  8. U.S. Navy (1991). Poisonous Snakes of the World. New York: U.S. Government / Dover Publications Inc. 203 pp. ISBN 0-486-26629-X.
  9. Boulenger, GA. 1896. pp. 470-471.
  10. McDiarmid RW, Campbell JA, Touré T (1999). Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1. Washington, District of Columbia: Herpetologists' League. 511 pp. ISBN 1-893777-00-6 (series). ISBN 1-893777-01-4 (volume).
  11. «Dr. Bryan Grieg Fry: Viper Research». Consultado em 21 de abril de 2006. Cópia arquivada em 11 de maio de 2006 
  12. Mebs, D.; Kuch, U.; Meier, J. (outubro de 1994). «Studies on venom and venom apparatus of Fea's viper, Azemiops feae.». Toxicon. 32 (10): 1275–1278. PMID 8. doi:10.1016/0006-2952(75)90029-5 

Leitura adicional

[editar | editar código-fonte]
  • Beolens, Bo; Watkins, Michael; Grayson, Michael (2011). The Eponym Dictionary of Reptiles. Baltimore: Johns Hopkins University Press. xiii + 296 pp. ISBN 978-1-4214-0135-5. (Azemiops feae, p. 88).
  • Boulenger GA (1888). "An Account of the Reptilia obtained in Burma, North of Tenasserim, by M[onsieur]. L. Fea, of the Genoa Civic Museum". Annali del Museo Civico di Storia Naturale di Genova, Second Series 6: 593-604. (Azemiops, new genus, p. 602; A. feae, new species, p. 603).
  • Boulenger GA (1896). Catalogue of the Snakes in the British Museum (Natural History). Vol. III., Containing the Colubridæ (Opisthoglyphæ and Proteroglyphæ), Amblycephalidæ, and Viperidæ. London: Trustees of the British Museum (Natural History). (Taylor and Francis, printers). xiv + 727 pp. + Plates I-XXV. (Genus Azemiops, p. 470; species A. feae, p. 471).
  • Liem KF, Marx H, Rabb GB (1971). "The viperid snake Azemiops: Its comparative cephalic anatomy and phylogenic position in relation to Viperinae and Crotalinae". Fieldiana: Zoology, Chicago 59: 67-126.
  • Kardong KV (1986)." Observations on live Azemiops feae, Fea’s viper". Herpetological Review 17 (4): 81-82.
  • Mara WP (199)3. Venomous Snakes of the World. Hong Kong: TFH Publications. 275 pp. ISBN 0-86622-522-6.
  • Marx H, Olechowski TS (1970). "Fea's viper and the common gray shrew: a distribution note on predator and prey". Journal of Mammalogy 51: 205.
  • Mebs D, Kuch U, Meier J (1994). "Studies on venom and venom apparatus of Feae's viper, Azemiops feae ". Toxicon 32 (10): 1275-1278.
  • Orlov N (1997). "Viperid snakes (Viperidae Bonaparte, 1840) of Tam-Dao mountain range". Russian Journal of Herpetology 4 (1): 67-74.
  • Zhao E-m, Zhao G (1981). "Notes on Fea's viper from China". Acta Herpetologica Sinica 5 (11): 66-71.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Azemiops
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Azemiops
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?