For faster navigation, this Iframe is preloading the Wikiwand page for Aspelta.

Aspelta

Aspelta

<
iz
p
rw
tA
>

11º Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe
Aspelta
Torso de Aspelta atualmente no
Boston Museum of Fine Arts
Reinado 593 – 568 a.C.
Antecessor(a) Anlamani
Sucessor(a) Aramatelqo
Sepultado em Nuri (Nu. 8)
Cônjuge Asartaha, Renutaquebit e Meqemale
Descendência Aramatelqo
Amanitakaye
Pai Sencamanisquem
Mãe Nasalsa

Aspelta foi o Décimo Primeiro Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe que governou de 593 a 568 a.C., foi o sucessor de seu irmão mais velho Anlamani. [1] [2]

Aspelta foi filho de Sencamanisquem, que reinou Cuxe entre 643 e 623 a.C., e de sua irmã-esposa Nasalsa. Com a morte de seu pai assumiu o trono seu irmão mais velho Anlamani, que reinou de 623 a 593 a.C. Nestes 50 anos de reinado, Cuxe conseguiu recuperar boa parte de seu poder. [1]

Segundo os registros, em 593 a.C. as tropas cuxitas se concentraram en Tu-Ab, na Montanha Sagrada (Jebel Barcal), a morada de Amón-Ra, e ali foi formado um comité de 24 notáveis (seis capitães do exército, seis portadores do selo da casta sacerdotal, seis da casta dos escribas, seis chanceleres de palácio) para eleger o sucessor de una lista de aspirantes, referindo-se aos candidatos coletivamente como "os irmãos do rei". [1] [3] [4]

No início da votação os eleitores se manifestavam afirmando "Que existia um Senhor na assembléia mas que ninguém ainda o reconhecia" e então rezaram para Ra para que os iluminassem na escolha e que os protegessem do mal. Só depois é que foi feita a menção a morte do rei Anlamani e diante do trono vacante decidem pedir a Amón-Ra que lhe enviem a luz. A cena mostra uma mudança na relação com que os núbios de Cuxe percebiam o papel dos deuses para a entronização de seu rei. [5]

O Egito daquela era outro, era diferente daquele dos seus ancestrais. Os assírios, durante o conflito com Taraca, haviam favorecido um dinasta, a Necao ou Saita, [6] da cidade de Saís, para torná-los uma barreira contra os Cuxe. Tanutamon matou-o, mas os assírios revitalizaram a dinastia dando o poder em seu filho Psamético I que soube aproveitar o respaldo da Assíria para, após a derrota cuxita, reunificar quase inteiramente o Egito. Ele temia a ambição napatana de reconquistar as terras e transmitiu a preocupação a seu sucessor, Psamético II, que resolveu eliminar de vez o perigo. Seu exército, formado em boa parte por mercenários gregos e cários, levou a guerra até Napata. [7] Depredaram o templo de Jebel Barcal, como indicam as estátuas danificadas de vários reis napatanos, o último dos quais justamente Aspelta. Isto foi entre 593 e 591 a.C. [8]

Depois do ataque os egípcios retiraram-se de quase toda a Núbia. Mas mantiveram o controle sobre as minas de ouro do Uádi Alaqui. Por pouco tempo, pois a Pérsia se transformara na grande potência do Oriente Médio e, em 525 a.C., invadiria a região do delta do Nilo. O rei persa, Cambises II, após ter conquistado o Egito, cobiçou a Núbia enviando para a região emissários e olheiros. Estes se apresentaram, com vários presentes, ao rei de Cuxe, que, em troca, enviou a Cambises um arco grande e o seguinte recado: “Quando os persas forem capazes de retesar, como eu o faço, arcos como este, que venham então com exércitos mais numerosos do que os cuxitas.” Cambises comandou pessoalmente para o Cuxe. Mas não resistiu a aridez do deserto de Batn-el-Hagar ou do Deserto da Núbia entre Corosco e Abu Hamed. As pesadas baixas, o obrigaram a regressar ao Egito. [8] [7]

Mudança da Capital para Meroé

[editar | editar código-fonte]

Muito se especula sobre o período em que Meroé se torna a capital do reino de Cuxe. Uma das hipóteses é que isto ocorreu durante o reinado de Aspelta. [3] Segundo essa hipótese, Méroe já era uma cidade tão importante quanto Napata, no século VIII a.C., a diferença é que nesta última vivia o rei e sua corte, e dela só saíram após a invasão de Psamético II. Aspelta decidiu, então, mudar-se para lugar mais distante do Egito e mais seguro. Ao transferir-se para Meroé, o soberano fugia também da influência restritiva e do excessivo controle dos sacerdotes de Jebel Barcal. Instando-se então na metrópole mercantil de Cuxe. [9] Apesar da mudança da capital Napata continuou a ser a capital religiosa do reino, pelo menos até o fim do século IV a.C., prova disto era que até está época os reis e a família real ainda era enterrada na Necropolis de Nuri. [7]

Heródoto, escrevendo pouco antes de 430 a.C., refere-se a Méroe como capital do reino dos etíopes — como eram chamados os núbios — e em parte alguma menciona Napata. No 35° ano do reinado de Harsiotefe (369 a.C.), a cidade já devia experimentar os resultados do abandono: viam-se nela muitos prédios decadentes, que estaqvam se transformando em ruínas, e o palácio real coberto de areia. [9]



Precedido por
Anlamani
11º Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe

593 – 568 a.C
Sucedido por
Aramatelqo


Referências

  1. a b c Mokhtar, G. (1981). Ancient Civilizations of Africa (em inglês). [S.l.]: UNESCO, p. 300. ISBN 9789231017087 
  2. M'Bokolo, Elikia; Margarido, Alfredo (2003). Africa Negra - História e Civilizações. T.1: até o Século XVIII. [S.l.]: Colibri, p. 82-83. ISBN 9789728427276 
  3. a b Martin, J. P. (2016). African Empires:. Volume 1 (em inglês). [S.l.]: Trafford Publishing, p. 39. ISBN 9781490777993 
  4. Borges, Márcio (2014). Cartas da Humanidade. [S.l.]: Geração Editorial, p. 48. ISBN 9788581302140 
  5. Jean Revez (2014) A case of dialing the wrong number: The failed human appeal to Ra in Aspelta's Election Stela (Cairo JE 48866) in 0 Die Zeitschrift Der Antike Sudan (MittS) nº 25 pp. 211-223 ISSN 09459502 Erro de parâmetro em ((ISSN)): ISSN inválido.
  6. Tyldesley, Joyce. Piramides. A verdadeira historia por trás dos mais antigos monumentos do Egito. [S.l.]: GLOBO, p. 289. ISBN 9788525040565 
  7. a b c Mokhtar, Gamal (2010). História Geral da África. Vol. II – África antiga. [S.l.]: UNESCO, p. 282. ISBN 9788576521242 
  8. a b Costa e Silva, Alberto Vasconcellos da. «A Enxada e a Lança:». a África antes dos portugueses. Nova Fronteira, pp. 134-135. ISBN 9788520939475 
  9. a b Costa e Silva. «A Enxada e a Lança:». pp. 138-139 
{{bottomLinkPreText}} {{bottomLinkText}}
Aspelta
Listen to this article

This browser is not supported by Wikiwand :(
Wikiwand requires a browser with modern capabilities in order to provide you with the best reading experience.
Please download and use one of the following browsers:

This article was just edited, click to reload
This article has been deleted on Wikipedia (Why?)

Back to homepage

Please click Add in the dialog above
Please click Allow in the top-left corner,
then click Install Now in the dialog
Please click Open in the download dialog,
then click Install
Please click the "Downloads" icon in the Safari toolbar, open the first download in the list,
then click Install
{{::$root.activation.text}}

Install Wikiwand

Install on Chrome Install on Firefox
Don't forget to rate us

Tell your friends about Wikiwand!

Gmail Facebook Twitter Link

Enjoying Wikiwand?

Tell your friends and spread the love:
Share on Gmail Share on Facebook Share on Twitter Share on Buffer

Our magic isn't perfect

You can help our automatic cover photo selection by reporting an unsuitable photo.

This photo is visually disturbing This photo is not a good choice

Thank you for helping!


Your input will affect cover photo selection, along with input from other users.

X

Get ready for Wikiwand 2.0 🎉! the new version arrives on September 1st! Don't want to wait?