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Anadel-mor

O Anadel-Mor do Reino era o Chefe de todas as forças comandadas pelos Anadeis-Mores, os quais eram os Comandantes de certo número de Companhias comandadas por Anadeis. O Anadel era o Capitão de homens de armas[1] de Besteiros.[2] O Anadel-Mor de Besteiros era o Chefe de várias Companhias de Besteiros.[3] O termo Anadel tem origem na palavra Árabe Annazzar, que significa Inspector.[4]

Além de um número variável de oficiais com funções administrativas, tinha sob a sua alçada cerca de 300 anadéis, cada um destes responsável por um número igualmente variável de besteiros provenientes de uma determinada circunscrição (anadelaria). Em números gerais, o anadel-mor exercia o comando sobre cerca de 5 000 besteiros[5].

Segundo as Ordenações Afonsinas, Livro I, Título LII, N.º 3, as Companhias de Besteiros eram comandadas por Capitães chamados Anadeis. Todavia, não estava bem definida a natureza deste cargo militar, pois havia Anadeis dos Besteiros do Conto, do Monte ou da Fraldilha, da Câmara, dos Besteiros de Cavalo e dos Espingardeiros. O regimento destes últimos é de 1524. Não existiu, parece, aquém do tempo do Rei D. Fernando I de Portugal, e, ao que parece, supõe-se que foi introduzido em Portugal com os cargos que entraram no seu tempo de Mariscal (Marechal) e Condestabre (Condestável), de origem Inglesa, como acima ficou dito. Houve, também, conforme referido acima, o cargo de Anadel-Mor do Reino. Francisco Portocarrero foi Anadel dos Besteiros da Câmara do Príncipe D. João, filho de D. Afonso V, e seu Anadel-Mor.[4]

Os primeiros Anadeis-Mores devem ter sido Afonso Furtado e João Gonçalves de Teixeira, no tempo de D. Fernando I, pelas referências de Duarte Nunes de Leão, na sua Cronicas del rey Dom Joaõ de gloriosa memoria, o I deste nome, e dos reys D. Duarte e D. Affonso de 1643. Afonso Furtado, como Anadel dos Besteiros do Conto, manteve o cargo até D. João I de Portugal. Sucederam-lhes, conforme as parcas notícias das Crónicas: Estêvão Vasques Filipe, Anadel-Mor do Reino, segundo a citada Crónica de Duarte Nunes de Leão, dos Besteiros do nosso Senhorio, por Carta de D. João I de data desconhecida de 1385, e dos Besteiros do Conto, por Carta de D. João I de data desconhecida de 1393; Álvaro Anes Cernache, dos Besteiros do Conto, por Carta de D. João I de data desconhecida de 1422, o qual ainda exerceu o cargo no tempo de D. Duarte I de Portugal; Fernão Álvares Cernache, filho do anterior, cujo ofício herdou por mercê de D. Afonso V de Portugal; Afonso Furtado, o mesmo, decerto, do tempo de D. Fernando I e D. João I; Duarte Furtado, dos Besteiros do Conto; e Paulo de Freitas, no tempo de D. João II de Portugal; Rui Gil Magro, dos Besteiros da Câmara, com D. Manuel I de Portugal; Garcia de Melo, que serviu com D. Manuel I e D. João III de Portugal; Martim de Freitas, que resignou o cargo em 1524; e D. Henrique de Sousa, dos Espingardeiros, com D. João III.[4]

Estes cargos duraram até ao tempo do Rei D. Manuel I, que extinguiu o cargo de Anadel dos Besteiros de Cavalo, assim como os Acontiados, a requerimento das Cortes reunidas em Lisboa em 1498, só deixando o Anadel dos Besteiros do Monte e dos Espingardeiros, por serem estes vantajosos para o serviço do Reino e das possessões em África. A supressão teve por fim, diz Damião de Góis, escusar muitas opressões que o reino por caso dos tais ofícios recebia, sem eles haver necessidade.[4]

Referências e Notas

  1. "os homens de armas e os sergentos formaram imediatamente no couce dela (procissão à voz dos seus anadeis", Arnaldo de Sousa Dantas da Gama, Balio de Leça Capítulo 7, p. 191
  2. "anadeis, que eram os capitães dessas companhias de besteiros", Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, História de Portugal, Tomo VIII, Capítulo 3, p. 88
  3. "de que era capitão Garcia de Melo, anadel-mor dos besteiros da faldrilha", Damião de Góis, Crónica de D. Manuel I, Capítulo 83, p. 62 v.º
  4. a b c d Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 11. 447 
  5. Estevão Vasques Filipe O percurso de um guerreiro em finais de Trezentos, por Miguel Gomes Martins, Published in Cadernos do Arquivo Municipal, nº 5, Lisboa, pág. 18, nota 80 e 81
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